A social-democracia esteve sempre ligada aos ideais de classe e nação. Foram estas as principais forças sociais que deram forma aos primeiros movimentos sociais-democratas. Não que isso torne um partido seguidor desta ideologia, num de forte pendor nacionalista. Pelo contrário, reflectiram e reflectem a ordem mundial, especialmente o que acontece no eixo Atlântico.
Na Europa, a social-democracia moldou-se no espírito de cada nação. Imperou um apertado planeamento social e económico. Os partidos são em geral considerados de esquerda liberal, reformistas, lutando por um estado social forte. Outros, mais conservadores ou cristãos-democratas, apegaram-se ao ideal social-democrata, dando origem a uma vertente de centro e direita. Foi caso disso, o PSD em Portugal. Contudo, uma ideologia não é por si o garante do progresso.
Sem uma economia forte, nenhum estado social pode persistir. E numa era em que a globalização marca presença, um acontecimento político que afecte a economia local, têm efeitos a milhares de milhas de distância. A globalização é um fenómeno mundial, que incute mudanças estruturais numa sociedade. Mas quando imposta é mal-vista pela sociedade e potenciadora de forças radicais ou politicamente extremadas.
A necessária e rápida mudança da sociedade implica obrigatoriamente o assimilar de novas correntes,quer sejam liberais, ecológicas ou populares. E com o desejo de maior liberdade de outros povos a quem foram negadas a escolha democrática das eleições livres, a social-democracia transformou-se num movimento internacional. Prova disso foram os movimentos populares na Ucrânia e mais recentemente, no Kazaquistão, impulsionadas pelos governos mais liberais da Europa.
Ao tomar esta dimensão trans-nacional, os Estados têm, além da Nação, que apoiar as instituições internacionais e pugnar por standards globais que conduzam a uma melhor vivência numa sociedade global. A solidariedade e a segurança de todos começa a tomar uma elevada prioridade nos governos em exercício. E isso leva a que sejam tomadas decisões políticas polémicas fora da esfera geográfica de cada país, como é o caso da política anglo-saxónica. Uma ameaça deixa de ser só local e contida numa dada região.
Este novo espectro político traz novos receios para as sociedades europeias. E com eles surgem novas regras internacionais. Novas medidas de controle, no que diz respeito à emigração, defesa, combate ao crime internacional e terrorismo, surgem no intuito de proteger os direitos dos indivíduos na sociedade global.
Todas estas medidas, e o paradigma da globalização, vão levar ao aparecimento de uma nova Estratégia de Lisboa. Esta levará mais em conta a China e Índia, e a necessidade urgente de se criarem novas redes empresariais europeias, com uma maior influência nos Estados europeus. O controle dos recursos energéticos e da matéria prima serão primordiais para serem, elas mesmo, competitivas num mercado global. Uma aliança comercial alargada com países produtores em África provavelmente será uma realidade, com um alargamento da Europa à dimensão pan-nacional da Commonwealth, à Turquia e ao Médio Oriente.
2005-08-29
2005-08-23
Em memória de Desiderius Erasmus Roterodamus
Teólogo e humanista neerlandês, mais conhecido por Erasmo de Roterdão, pregou a rectidão em assuntos do Homem. Erasmo optou por uma vida de académico independente, independente de país, independente de laços académicos, de lealdade religiosa, e de tudo que pudesse interferir com a sua liberdade intelectual e a sua expressão literária.
In Wikipedia.
A social-democracia actual, verdadeiramente humanista, devia ser encarada com este espírito de independência. Mas é impossível. Grande parte das forças políticas, sabendo que um distânciamento da demagogia é impeditivo a um lugar de controle e soberania política, organizam-se em Partidos, tentando criar um elo forte com os seus militantes e cedendo pontualmente a outros lobbies para uma maior capitalização política.
Numa sociedade moderna tão complexa, o partidarismo é uma ocorrência normal. O tomar e tirar partido tornaram-se condição corrente. Os acordos políticos do tipo "Se eu apoiar a tua candidatura, o que tens para me dar?", embora mal-vistas pela população em geral e facto de notícia, são um mal-necessário. Acontece em todos os estratos da sociedade. Dizermos que não deve acontecer é utópico. E parece que não há volta a dar. A vida não pode existir em sociedade senão através de concessões recíprocas, já dizia Samuel Johnsom.
Os grandes artigos de opinião na comunicação social e os postais na blogoesfera provam-no que há bastante gente inquieta, descrédita com o Governo. Além do défice público - na minha opinião é mais um défice de inteligência - temos os incêndios florestais na blogosesfera, e com eles os proto-incendiários em todos os lados, a queimar mais um bocadinho . Na realidade, se tomassem uma atitude coerente, teríamos uma mudança refrescante no panorama blogístico. Contudo, o vício da luta partidária demora a morrer.
A independência - política - e a inteligência - técnica - não têm o seu habitat natural no 5º e 6º poder. O 5º poder, a comunicação social de massas, onde a independência e o pouco rigor são apanágios das suas publicações. O 6º poder, os blogs, onde quem escreve toma partido mas com uma abordagem mais intelectual. De certo modo complementam-se.
Afinal de contas, são todos necessários e vitais para o bem-estar social. São os velhos e os novos Observadores. Bem hajam. De verdade.
In Wikipedia.
A social-democracia actual, verdadeiramente humanista, devia ser encarada com este espírito de independência. Mas é impossível. Grande parte das forças políticas, sabendo que um distânciamento da demagogia é impeditivo a um lugar de controle e soberania política, organizam-se em Partidos, tentando criar um elo forte com os seus militantes e cedendo pontualmente a outros lobbies para uma maior capitalização política.
Numa sociedade moderna tão complexa, o partidarismo é uma ocorrência normal. O tomar e tirar partido tornaram-se condição corrente. Os acordos políticos do tipo "Se eu apoiar a tua candidatura, o que tens para me dar?", embora mal-vistas pela população em geral e facto de notícia, são um mal-necessário. Acontece em todos os estratos da sociedade. Dizermos que não deve acontecer é utópico. E parece que não há volta a dar. A vida não pode existir em sociedade senão através de concessões recíprocas, já dizia Samuel Johnsom.
Os grandes artigos de opinião na comunicação social e os postais na blogoesfera provam-no que há bastante gente inquieta, descrédita com o Governo. Além do défice público - na minha opinião é mais um défice de inteligência - temos os incêndios florestais na blogosesfera, e com eles os proto-incendiários em todos os lados, a queimar mais um bocadinho . Na realidade, se tomassem uma atitude coerente, teríamos uma mudança refrescante no panorama blogístico. Contudo, o vício da luta partidária demora a morrer.
A independência - política - e a inteligência - técnica - não têm o seu habitat natural no 5º e 6º poder. O 5º poder, a comunicação social de massas, onde a independência e o pouco rigor são apanágios das suas publicações. O 6º poder, os blogs, onde quem escreve toma partido mas com uma abordagem mais intelectual. De certo modo complementam-se.
Afinal de contas, são todos necessários e vitais para o bem-estar social. São os velhos e os novos Observadores. Bem hajam. De verdade.
2005-08-19
Autárquicas em Lisboa.
Em destaque, as duas candidaturas com maior potencial para ganharem a Câmara de Lisboa.
A do Partido Socialista, com o candidato (antigo Ministro da Cultura do PS), Manuel Maria Carrilho. O site da sua candidatura até esta data ainda não foi concluido. Fica o cibernauta com a opção de visitar o site pessoal do candidato. Boa.
Antes de mais, devo dizer que acho o Manuel uma pessoa simpática, inteligente. É bom moço, bem casado. Mas bolas, é uma péssima escolha do PS. Isto porque fico desde já com a impressão que já perdeu as eleições, e a campanha mal, bem mal começou.
A do Partido Social Democrata, com o candidato (independente) Carmona Rodrigues, já arrancou em grande estilo. E têm-se portado bem. A mensagem é clara, ele quer continuar na Câmara. Quer isso e quer mais. Dêm uma vista de olhos pelo programa eleitoral.
De longe é uma candidatura que parece estar ganha. Os Lisboetas gostam de um tipo destes, desembaraçado, com engenho, dedicado. Não querem ouvir queixinhas, ataques baixos, acusações sem provas e infundamentadas. Não é um desperado , com certeza. Ainda bem.
A do Partido Socialista, com o candidato (antigo Ministro da Cultura do PS), Manuel Maria Carrilho. O site da sua candidatura até esta data ainda não foi concluido. Fica o cibernauta com a opção de visitar o site pessoal do candidato. Boa.
Antes de mais, devo dizer que acho o Manuel uma pessoa simpática, inteligente. É bom moço, bem casado. Mas bolas, é uma péssima escolha do PS. Isto porque fico desde já com a impressão que já perdeu as eleições, e a campanha mal, bem mal começou.
A do Partido Social Democrata, com o candidato (independente) Carmona Rodrigues, já arrancou em grande estilo. E têm-se portado bem. A mensagem é clara, ele quer continuar na Câmara. Quer isso e quer mais. Dêm uma vista de olhos pelo programa eleitoral.
De longe é uma candidatura que parece estar ganha. Os Lisboetas gostam de um tipo destes, desembaraçado, com engenho, dedicado. Não querem ouvir queixinhas, ataques baixos, acusações sem provas e infundamentadas. Não é um desperado , com certeza. Ainda bem.
2005-08-15
As raízes da social-democracia.
in Wikipedia:
A Social Democracia é uma ideologia que surgiu em fins do sec. 19 e início do sec. 20 por partidários do marxismo que acreditavam que a transição para uma sociedade socialista poderia ocorrer sem revoluções, mas por meio de uma evolução democrática. A ideologia social-democrata prega uma gradual reforma legislativa do sistema capitalista a fim de torná-lo mais igualitário, geralmente tendo em meta uma sociedade socialista.
É peculiar o facto de que a social-democracia ter evoluido a partir de teorias marxistas. Afinal, em Portugal, pensa-se que o PSD é um partido social-democrata, e o PS, um partido socialista. Está escrito no nome. Como é possível um cidadão se enganar? A diferença, IMHO, é subtil, presente, e marca a evolução do pensamento da esquerda para a direita, com uma breve paragem pelo centro.
Em Portugal, 30 anos após o 25 de Abril, vivemos um regime democrático, em que as alternativas à governação do País têm sido o Partido Socialista e o Partido Social Democrata. Como o País é regido primariamente pelo Parlamento, e não através da Presidência da República, o poder político têm oscilado frequentemente, com as eleições legislativas.
O que é curioso é que estes dois partidos partilham a ideia do Estado Social, e chega-se em dadas alturas a confundir-se quem é socialista e quem é social-democrata, ou mesmo democrata-cristão, especialmente entre as duas forças políticas de direita - PSD e CDS.
Isto deve-se à estratégia dos partidos. Reconhecendo que os eleitores da classe média criaram uma imunidade às ideologias, para cativarem o voto do cidadão eleitor, recorrem, não à custa de expressarem a sua matriz ideológica para a sociedade portuguesa, mas a um apelo à personalidade da sua liderança, e à massa de pessoas que pertencem ou nutrem uma simpatia pelo partido.
É motivo de preocupação, porque de uma dimensão política, passamos para uma mediática, quase evangelista. As virtudes do partido e dos seus legítimos representantes passam para a ribalta. É o espéctaculo. Somos todos competentes, os mais capazes, etc. E no final, o povo agradece a ilusão criada e o bem-estar de alma alcançado, só percebendo 6 meses depois, que "são os mesmos".
Mas quem são esses "mesmos"? São decerto diferentes, mas a sua acção política e governativa é muito semelhante. Não será por termos chegado a uma situação em que o caminho a ser percorrido, mesmo que seja à esquerda ou à direita, é sempre o mesmo? Matematicamente, a definição desse caminho, uma curva regular simples, percorrido pela esquerda ou pela direita do seu centro, é um círculo...
Revendo o verdadeiro significado da palavra social-democracia e pesquisando a Web, constata-se que o membro pertencente ao movimento social-democrata a nível internacional é, precisamente, o PS. Como é que a existência do PSD se explica? E porquê o seu nome?
Aquando da sua fundação, o PSD instalou-se com uma matriz ideológica cristã, favorecendo a liberalização do mercado, e adoptando um carácter reformista em largo espectro. Foi reconhecido como a força política - e ainda o é - capaz de enfrentar a esquerda. Pratica a social-democracia pragmática.
A esquerda é, de longe, representada pelo PS, partido que têm na sua génese o ideal socialista, mas cedo se "reformou" a ele próprio, virando ao centro - da esquerda - e adoptando o socialismo-democrático.
A diferença entre estes dois partidos - o leitor deverá saber que na política tudo o que parece, não é, e o que aparenta ser, se calhar é mesmo - é o carácter liberal assumido do PSD, conotando-o claramente como um partido da direita, e o carácter paternalista não-assumido do PS, posicionando-o à esquerda. Isto porque, estatutariamente o PS encontra-se naturalmente inclinado para o controle político da máquina governativa. E isto marca toda a diferença.
A politíca torna-se uma ciência do Poder para o PS. O principal objectivo, lapsus senso, é o controle e regularização do ambiente político amigável, mais conhecido pela "dança das cadeiras". Obstante, para o PSD, a principal preocupação é o processo de governação, os objectivos que devem ser alcançados, o serviço a ser prestado. Aí, a política torna-se uma ciência do Estado. Mas também não deixa de haver nomeações de cargos para directores-gerais, presidentes de empresas públicas e autoridades governamentais. O motivo já não é a confiança política, mas a competência pessoal, estabelecida à priori, pelos eleitos.
E assim vai o nosso pequenino Portugal.
A Social Democracia é uma ideologia que surgiu em fins do sec. 19 e início do sec. 20 por partidários do marxismo que acreditavam que a transição para uma sociedade socialista poderia ocorrer sem revoluções, mas por meio de uma evolução democrática. A ideologia social-democrata prega uma gradual reforma legislativa do sistema capitalista a fim de torná-lo mais igualitário, geralmente tendo em meta uma sociedade socialista.
É peculiar o facto de que a social-democracia ter evoluido a partir de teorias marxistas. Afinal, em Portugal, pensa-se que o PSD é um partido social-democrata, e o PS, um partido socialista. Está escrito no nome. Como é possível um cidadão se enganar? A diferença, IMHO, é subtil, presente, e marca a evolução do pensamento da esquerda para a direita, com uma breve paragem pelo centro.
Em Portugal, 30 anos após o 25 de Abril, vivemos um regime democrático, em que as alternativas à governação do País têm sido o Partido Socialista e o Partido Social Democrata. Como o País é regido primariamente pelo Parlamento, e não através da Presidência da República, o poder político têm oscilado frequentemente, com as eleições legislativas.
O que é curioso é que estes dois partidos partilham a ideia do Estado Social, e chega-se em dadas alturas a confundir-se quem é socialista e quem é social-democrata, ou mesmo democrata-cristão, especialmente entre as duas forças políticas de direita - PSD e CDS.
Isto deve-se à estratégia dos partidos. Reconhecendo que os eleitores da classe média criaram uma imunidade às ideologias, para cativarem o voto do cidadão eleitor, recorrem, não à custa de expressarem a sua matriz ideológica para a sociedade portuguesa, mas a um apelo à personalidade da sua liderança, e à massa de pessoas que pertencem ou nutrem uma simpatia pelo partido.
É motivo de preocupação, porque de uma dimensão política, passamos para uma mediática, quase evangelista. As virtudes do partido e dos seus legítimos representantes passam para a ribalta. É o espéctaculo. Somos todos competentes, os mais capazes, etc. E no final, o povo agradece a ilusão criada e o bem-estar de alma alcançado, só percebendo 6 meses depois, que "são os mesmos".
Mas quem são esses "mesmos"? São decerto diferentes, mas a sua acção política e governativa é muito semelhante. Não será por termos chegado a uma situação em que o caminho a ser percorrido, mesmo que seja à esquerda ou à direita, é sempre o mesmo? Matematicamente, a definição desse caminho, uma curva regular simples, percorrido pela esquerda ou pela direita do seu centro, é um círculo...
Revendo o verdadeiro significado da palavra social-democracia e pesquisando a Web, constata-se que o membro pertencente ao movimento social-democrata a nível internacional é, precisamente, o PS. Como é que a existência do PSD se explica? E porquê o seu nome?
Aquando da sua fundação, o PSD instalou-se com uma matriz ideológica cristã, favorecendo a liberalização do mercado, e adoptando um carácter reformista em largo espectro. Foi reconhecido como a força política - e ainda o é - capaz de enfrentar a esquerda. Pratica a social-democracia pragmática.
A esquerda é, de longe, representada pelo PS, partido que têm na sua génese o ideal socialista, mas cedo se "reformou" a ele próprio, virando ao centro - da esquerda - e adoptando o socialismo-democrático.
A diferença entre estes dois partidos - o leitor deverá saber que na política tudo o que parece, não é, e o que aparenta ser, se calhar é mesmo - é o carácter liberal assumido do PSD, conotando-o claramente como um partido da direita, e o carácter paternalista não-assumido do PS, posicionando-o à esquerda. Isto porque, estatutariamente o PS encontra-se naturalmente inclinado para o controle político da máquina governativa. E isto marca toda a diferença.
A politíca torna-se uma ciência do Poder para o PS. O principal objectivo, lapsus senso, é o controle e regularização do ambiente político amigável, mais conhecido pela "dança das cadeiras". Obstante, para o PSD, a principal preocupação é o processo de governação, os objectivos que devem ser alcançados, o serviço a ser prestado. Aí, a política torna-se uma ciência do Estado. Mas também não deixa de haver nomeações de cargos para directores-gerais, presidentes de empresas públicas e autoridades governamentais. O motivo já não é a confiança política, mas a competência pessoal, estabelecida à priori, pelos eleitos.
E assim vai o nosso pequenino Portugal.
2005-08-11
Nasce um web-log sobre a social-democracia ...
Dia 11 de Agosto de 2005, é o dia em que é criado este blog, com a social-democracia como tema de fundo.
Neste momento que Portugal atravessa, as Autárquicas, as opções dos Partidos, a Presidência da República e as manobras de bastidores que se travam, serão alguns dos temas a serem bloggados. Muitos outros serão debatidos, mas de modo algum pretende-se que seja um espaço da oposição.
É, antes de mais, um espaço para debater a social-democracia e para a nova geração dos sociais-democratas.
Bemvindo a bordo.
Neste momento que Portugal atravessa, as Autárquicas, as opções dos Partidos, a Presidência da República e as manobras de bastidores que se travam, serão alguns dos temas a serem bloggados. Muitos outros serão debatidos, mas de modo algum pretende-se que seja um espaço da oposição.
É, antes de mais, um espaço para debater a social-democracia e para a nova geração dos sociais-democratas.
Bemvindo a bordo.
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