2007-02-28

Reciclagem

Alguém viu por aí um Ecoponto para depositar ideologias, programas e militantes indesejados?

Se souberem, digam-me, é urgente. É para a Helena Lopes da Costa, não sei aonde colocar o monstro...

2007-02-26

Cheias - Ajuda urgente a Moçambique


A OIKOS - Cooperação e Desenvolvimento lançou uma campanha de angariação de fundos para apoiar os projectos de emergência que a organização vai implementar nas regiões afectadas pelas cheias em Moçambique

Os especialistas estimam que as cheias deste ano ultrapassem a devastação provocada em 2000 e 2001, quando 700 pessoas morreram e meio milhão perdeu as suas casas.

As fortes chuvas que têm caído no Norte de Moçambique, que levaram à abertura da barragem de Cahora Bassa, provocaram inundações que já causaram a morte a pelo menos 29 pessoas, afectando 285 mil outras, das quais 142 mil necessitam de apoio humanitário.

As províncias mais afectadas são Zambézia, Sofala, Manica e Tete onde as inundações destruíram quatro mil e 600 casas, 111 escolas, quatro centros de saúde, várias estradas e pontes e 15 mil hectares de cultivo.

Segundo dados das Nações Unidas, até ao momento há mais de 285 mil desalojados, 120 mil só na região do Zambeze.

Pode contribuir para esta campanha através das contas do Millenium bcp NIB - 0033 0000 21212121215 05 e da Caixa Geral de Depósitos, NIB - 0035 0355 00029529630 85.

Contacto para esclarecimentos: marta.p.miguel@sol.pt

2007-02-24

Oeiras Agenda 21 Local

Início do 4º Fórum de Participação.

Sessão a cargo da Maria de Lourdes Poeira, José Seixas e João Farinha.

Final da Sessão com muito trabalho desenvolvido pelos participantes.

Isaltino Morais passou por ali.

Salvador Martins esteve sofrível.

Reclamações

Alguém viu uma coisa destas por aí?

Ser Poeta

Os bloggers são todos poetas, porque vagueiam pela Internet, na ânsia de descobrir e de expressar a sua visão.

Ser Poeta
é predicado
Não se estuda nem se aprende
É um dom ao nascer dado
Não se compra nem se vende.

Ser poeta
é possuir
Rara sensibilidade
Da voz das coisas ouvir
E dar-lhes vitalidade...

Ser poeta
é entender
A perene Natureza
E em verso descrever
A sua bruma e beleza...

Ser poeta
é divagar
Pelo Universo infinito
Na ânsia de desvendar
O seu mistério inaudito.

Ser poeta
é transformar
Duma forma enternecida
As palavras para dar
Mais sentido à própria vida!...

Ser poeta
é ter talento
De expressar a inspiração
Ousado eu... Quando tento
Sou apenas pretensão !...

Autor: Euclides Cavaco

2007-02-23

PSD lidera o combate à corrupção

É um facto, indesmentível. Para quem está mais atento, consciencioso e informado, o PSD faz o seu papel como partido da oposição, abordando temas polémicos, sem paninhos-quentes.


Portugal está em 26º posição, atrás de Malta, em termos de índice de corrupção. Não é um tema prioritário, provavelmente não dá votos, mas é um problema que têm que ser lidado, porque mina a confiança da sociedade nos seus líderes, pondo em causa a própria democracia.

Consultem o site www.transparency.org para mais informações.

2007-02-22

É hoje!


Não percam, hoje o desfecho desta trágico-comédia.
  1. Será que a Maria José Nogueira Pinto vai continuar a brincar ao quarto-escuro na CML?
  2. Será que o José Sá Fernandes deixará de ser cliente assíduo do Tribunal da Relação de Lisboa?
  3. É desta que o Partido Socialista arranja um gajo que não tenha que usar a família para ganhar a Câmara?
  4. Ou o Ruben de Carvalho vai ter finalmente uma oportunidade para sorrir?

2007-02-21

E quem não salta

Não é da malta!

Demonstração de ParKour em Tóquio no vídeo "Jump" de Madonna!

Já chegámos à Madeira ou quê?

Paúl da Serra

Portugal (Governo Socialista) ainda não chegou à Madeira. Ainda bem para os Madeirenses e Porto-Santenses. Mas a Região Autónoma da Madeira está numa encruzilhada.

É politicamente insustentável a actual situação para o Governo Regional da Madeira, liderado por Alberto João Jardim, levando-o e ao PSD/Madeira a convocar eleições antecipadas.

Goste-se ou não dele - uma vez disse-me a mim e a colegas meus que isto da política é em grande parte show off e que a malta do Continente não o levasse muito a sério - de facto quantos políticos se podem gabar de estar no poder há cerca de 29 anos?

Não me parece que os madeirenses acreditem em cantigas socialistas, como que se a mudança do partido com maioria na assembleia regional fosse resolver a situação.

Amigos meus da Madeira contaram-me um ditado popular que corre por toda a Ilha da Madeira e de Porto Santo. Diz o povo:

- Porque é que vamos mudar de governo se todos os políticos roubam? Pelo menos aqueles que lá estão já têm os bolsos cheios.

Sabedoria popular, meus amigos...

2007-02-16

E esta tarde...

Durante uma animada conversa no gabinete da presidência do Município de Lisboa...


Vamos ver até aonde vai a tal independência partidária!
Um já rói as unhas...

2007-02-13

Plano Estratégico Habitar Oeiras

O "Habitar Oeiras" pretende criar valor no território e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Aumentar a coesão social, dos mais jovens aos mais idosos. Pretende, acima de tudo, requalificar o espaço público, atribuindo a gestão desses equipamentos a empresas municipais, ou outro tipo de associações de cariz colectivo ou mesmo empresas com fins lucrativos.

O Plano não é inovador a nível nacional. Exemplos semelhantes podem ser encontrados na década de 70 - plano da região do Porto - ou mais recentemente nos anos 90 - plano regional da zona envolvente do Douro. Responde parcialmente ao ENDS - Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável até 2015 que obriga a estudos e acções de reabilitação e ao PNPOT - plano nacional de política de ordenamento do território com vista a implementar um sistema urbano policêntrico, contrariando a urbanização contínua da faixa litoral.

O Plano advém de um crescimento - tímido - da importância em aplicar políticas sustentáveis para desenvolver o território. Embora façam referência à conferência de Rio em 92 e subsequentes, era bom ser coerente com a história e ir um pouco mais atrás. Foi em 1987 que se publicou o muito conhecido "Relatório Brundtland" - "O nosso futuro comum". Isto é mencionado na Agenda 21.

E portanto, vamos lá ver a Agenda 21, documento apresentado por Teresa Zambujo. Surpresa - ou não ! - este plano acaba por ser um concentrado de políticas previstas na Agenda 21. Nada de novo, à excepção do grande foco de investimentos em construção ou recuperação imobiliária, a tal badalada "política de betão". Faço votos que o "Habitar Oeiras" não se resuma a uma mera "política de betão", acabando por encher os bolsos aos empresários e promotores do sector da construção civil em Oeiras. Esta terra merece mais do que isso.


E é ai que entra a analogia com o canivete suíço. Um canivete suíço é composto por múltiplas ferramentas, concentradas num pequeno pacote. Toda a gente que é mais habilidoso gosta de ter um, para se desenrascar. Ora, contudo, os profissionais não usam um canivete suíço por ser pouco eficaz. Resolvem usar outro tipo de ferramentas, mais especializadas. Usar um "canivete suiço" como concentrador de todas as políticas acaba por não resultar, perde-se o foco e a granularidade que é necessária para a gestão eficaz de uma política autárquica.

O "Habitar Oeiras" acaba por meter tudo no mesmo saco, em termos de planeamento, a educação, apoio social, desenvolvimento cultural, renovação das habitações, atracção de novos investimentos, recuperação de espaços públicos. A integração é boa quando o resultado é maior do que a soma das partes, mas numa autarquia, é raro estarmos em condições de poder utilizar um "canivete suíço". Isso é para o "desenrascanço".

Existem alguns erros derivados deste estudo. Apoia-se em resultados apurados em 2001, sem estimativas ou correcções para a situação actual e para os próximos anos. Acabam por não abordar o grave problema do transporte, das necessárias políticas camarárias, aí realmente inovadoras - política ABC da Holanda, porque não também em Oeiras? - dirigidas à infraestrutura de comunicação para servir a população de Oeiras. Que dizer da Avenida de Algés, inacabada? Ou uma via transversal ao concelho, como alternativa à Marginal, A5 e IC19? E o SATUO, ou até mesmo o SATUO2, ou outro metro de superfície que sirva a zona de Algés até Carnaxide? Ciclovias entre os núcleos populacionais?

Com obras orçadas em 150M € e a sua fiscalização a ser atribuída (!) a empresas municipais semelhantes à EPUL, Oeiras vai concorrer com Lisboa no que toca à construção e recuperação do parque habitacional. Que bem que eles ficam na fotografia. Foi isto que os Oeirenses votaram, quando escolheram a lista IOMAF...

Uma das metas do plano é tornar Oeiras num Centro de Excelência na Europa, aumentando o desempenho escolar dos alunos. Com a actual política de educação completamente em "frangalhos", tentar melhorar as condições actuais, melhorando o parque escolar e equipamentos afectados é positivo. Mas é difícil vencer o autêntico "polvo" que o Ministério da Educação se tornou. Prova disso foram os pareceres rejeitados pelo ME para que a CMO tivesse uma maior responsabilidade e poder de intervenção no sistema de ensino básico - como de facto acontece na Finlândia, onde as comunidades locais e o município têm poder de decisão sobre o funcionamento das escolas, adaptando-se à realidade local. Uma realidade muito longe de Portugal. Vai-se aumentar o quadro de competências municipais? As escolas e o seu pessoal passam a ser geridas pela câmara? Não me parece.

Fruto da "concentração das políticas", a saúde perde visibilidade, sendo a promessa de novos centros de saúde rebatida para duas extensões e possivelmente, lá para 2009, o lançamento do concurso público para novos centros de saúde para todo o concelho - e o de Paço de Arcos ainda por abrir. É que a saúde não rende tanto ao município - entenda-se taxas e impostos municipais.

O Plano acaba por empurrar a iniciativa para o privado, no que toca à construção de residências para habitação de profissionais ligados à área da investigação científica e académica, falhando rotundamente o que estava largamente anunciado.


Não é suficientemente incisivo na procura da eficiência energética para todo o concelho, reduzindo-o a edifícios públicos sob alçada da CMO. Porque não reduzir as taxas e impostos municipais para edifícios verdes, amigos do ambiente, ou outras iniciativas que estimulem a consciência ambiental das pessoas, levando-as a aderir às energias renováveis, nas suas próprias casas?

Quanto à integração dos jovens em núcleos históricos, as iniciativas mostram um alheamento da realidade social. Não é "um jovem adoptar um idoso" (???) que lá se chega, mas prestando serviços de voluntariado e assistência social para a protecção da camada mais idosa da população. Os jovens têm outros ritmos. A política de repovoação com uma camada jovem numa área histórica têm interesse e deve ser prosseguida. As condições de aluguer ou venda deverão ser melhor clarificadas. Contudo, a sua integração na comunidade local mais idosa é um sério desafio.

Uma coisa que me chamou a atenção ao documento de trabalho a que tive acesso, além dos erros ortográficos muito extensos na parte educativa - deve ter sido feita pelos vereadores socialistas, tal é a sua "paixão pela educação" - foi o intuito de utilizar recursos de exploração directa nas áreas urbanas de génese ilegal. Isto quer dizer que vamos ter uma maior taxação de serviços camarários nesta zona para cobrir o custo das obras efectuadas na zona. O mesmo raciocínio aplicar-se-á aos condomínios privados e áreas habitacionais com espaços verdes ao redor, retornando ao princípio de utilizador-pagador. Isto promete!

A CMO podia ter enveredado numa melhoria contínua - KAIZEN - dos seus processos internos, com vista a aumentar a sua eficiência, promovendo objectivos de qualidade total, mas limitou-se a um sistema de controle interno. Porque não uma certificação ISO 9001, 14000 e 18000 para a câmara? Falta de coragem política?

Quanto às empresas, Oeiras em nada perdia se se lançasse num projecto semelhante ao DNACascais - iniciativas conjuntas com os Business Angels e GES-Entrepreneur por exemplo. Mas escolheu o comodismo.

Temos actividades pontuais, sem serem alavancas para projectos verdadeiramente inovadores no concelho. Não há a exploração de novas estratégicas ou de novos projectos para Oeiras. Oeiras perdeu tanto em capacidade motriz que a actual postura é de manter a actual situação o melhor possível. Concentra-se na política de urbanismo e coloca os espaços verdes como periféricos e acessórios. Falha na vertente de tratamento integrado de resíduos, água, transparência de processos internos, disseminação e utilização de energias renováveis.

Desta Estratégia segue a Política, devidamente quantificada e num tempo definido, com indicadores e padrões mínimos ainda por estabelecer, e que se revela num fiasco se a IOMAF perder as próximas eleições. Se calhar é a sustentabilidade política do movimento que querem realmente assegurar.

O que me salta à vista é a demissão de traçar novos planos para a recuperação ambiental, a protecção das linhas de águas - a ribeira de Algés é um exemplo marcante. É um dos erros adoptados por todas as políticas supostamente sustentáveis. É que o ambiente não gera capital - excepto quando têm fundos da união europeia por trás (!!!) - e portanto é sempre desvalorizado, sendo substituído por soluções com visibilidade económica mais imediata.


Uma nota final. A zona ribeirinha que vai desde a Cruz Quebrada até Algés têm sido alvo de interesses imobiliários a coberto da valorização patrimonial desse espaço. É uma zona praticamente ao abandono que urge recuperar para o lazer da população de Oeiras. Contudo, o que tenho ouvido são planeamentos de novos condomínios na zona da Cruz Quebrada e empreendimentos hoteleiros na zona de Algés.

Que mais novidades nos espera estes 2 últimos anos de mandato de Isaltino?

AudioSlave



Be Yourself


Like a Stone

2007-02-09

É um pequeno passo...

...mas é com pequenos passos que são feitas as grandes obras. A Oikos conta comigo, será que conta com você?


P.S.: A Oikos é uma organização apartidária, não-governamental, com vista a promover o desenvolvimento humano e sustentável e a reduzir a pobreza. Não têm nem deve ser encarada como partidária ou simpatizante dos ideais da social-democracia.

ALI G vs Abortion


Aaiee...Quando as coisas tornam-se pesadas, o melhor é acalmar.

2007-02-07

Um Verdadeiro Aborto

Portugal sinónimo de Pobreza.

Linking Park - Numb

Pérolas do dia seguinte

"Quase toda a gente é contra a penalização e quase toda a gente é contra o aborto. Os comunistas, no tempo de Estaline, também criminalizaram o aborto."
- Rui Ramos.

"No Reino Unido, o aborto é legal até às 24 semanas. Existem estudos que apontam que o feto entre as 16 e as 34 semanas já sente dor".
- Jerónima Teixeira.

"O direito à família não está em referendo. O direito à vida no ventre de cada mulher é uma matéria de suas próprias consciências. É urgente encontrar-se um consenso, para evitar a penalização de qualquer forma das mulheres."
- Luís Villa-Boas.

"Haverá naturalmente aconselhamento, que evite o desespero e que promova decisões conscientes da mulher e será assim que se legislará, caso o sim ganhe."
- José Sócrates.

"Nenhuma decisão contra a vida é legítima e honesta".
- José Policarpo.

"Em 2004 o governo aprovou uma resolução que obrigava o Estado a garantir todos os encargos em caso de impossibilidade."
- Correia de Campos.

"José Sócrates é demasiado democrático. Ninguém pode impor um código moral a outra pessoa."
- Carlos Carvalhas.

"A autonomia da mulher é muito respeitável, mas não lhe pode dar o direito de decidir sobre outro ser que, obviamente, não é pertença sua".
-Walter Osswald.

"Setúbal é uma das zonas mais degradadas socialmente do nosso país, com repercussões nos abortos."
- Duarte Vilarinho.

"Esta é uma luta pela despenalização do aborto. A luta contra o aborto faz-se de outra maneira: através do planeamento familiar."
- Maria da Purificação Araújo.

"O aborto clandestino em Portugal está hoje muito associado à toma de Misoprostol. É uma fatia pequena de um problema de saúde pública muito maior, que é o sexo desprotegido."
- Ana Tato.


A maior hipocrisia é haver dois lados que dizem a mesma coisa por vias diferentes, e que se acusam mutuamente de serem hipócritas.

2007-02-05

Nuclear - Sim ou Não?

Uma central nuclear em Portugal poderá ser construída exclusivamente com financiamento privado, entrar em funcionamento dentro de oito anos e vir a utilizar apenas matérias-primas nacionais, caso seja aprovada pelo Governo.

Estas são apenas algumas das conclusões de um estudo exaustivo sobre a viabilidade técnica e económica da construção de uma central nuclear em Portugal, que será apresentado esta quarta-feira, durante uma conferência em Lisboa, e ao qual a TSF já teve acesso.

Apesar de o Governo ter recusado a opção pelo nuclear, Sampaio Nunes, que dirige o projecto de energia nuclear em Portugal, não desiste da ideia, justificando que a produção de energia vai ficar mais barata, com reflexos na factura do consumidor.

«Podemos reduzir a factura eléctrica, que é claramente uma preocupação que neste momento a economia portuguesa tem e deve ter, sem que seja necessário qualquer tipo de subvenção pública», disse à TSF.

Sampaio Nunes adiantou que «para a vida toda de uma central deste tipo são necessárias cerca de 15 mil toneladas de urânio», que é o que se estima existir em Portugal «em termos de reservas de urânio», excluindo assim qualquer necessidade de importação.

Segundo o estudo em causa, «a grande vantagem da energia nuclear em relação ao carvão» é o facto de o «combustível não pesar mais de 5 por cento no custo final», o que afasta o cenário actual de condicionamento dos preços de energia pelo custo dos combustíveis fósseis.

O estudo indica ainda que a construção de uma central nuclear pode arrancar dentro de quatro anos e que o reactor pode estar a funcionar em 2015.

A central nuclear, caso acolha a aprovação do Governo, poderá vir a criar entre 300 a 400 postos de trabalhos directos. O estudo não avança, no entanto, qualquer hipótese de localização para a central, informando apenas que tudo dependerá do preço do terreno.

in TSF

Já abordei este tema anteriormente neste post.


Penso que esta opção, a via nuclear, só é viável se Portugal assumir uma posição de longo prazo no que respeita a esta fonte de energia. Sem isso em mente, de nada vale a pena entrar no jogo do nuclear.

Será uma mais valia para Portugal, já que diversifica as fontes de energia com recursos exclusivamente nacionais. Portugal é um dos poucos países a nível europeu, quiçá por falta de confiança, medo ou uma tremenda falta de cultura de segurança, em que esta opção não foi tomada pelos seus governos.

Este século irá ser o da Energia, aliada à busca da sustentabilidade na sociedade, na economia, no ambiente. E quer se queira quer não, vamos ter que mudar o nosso portuguese way of life.

2007-02-03

Setúbal - Marcha pela Vida



Chegada à Igreja de S.Paulo.

Chegam mais reforços ao local de concentração.

Começam a alinhar no meio da estrada.

Vista da frente.

A manifestação enche a estrada.

Olha quem chegou... o Ribeiro e Castro!

Os políticos chegam sempre atrasados.

2007-02-01

Fascismo Islâmico

Toda a gente sabe - ou devia saber - que as 3 setas pertencentes ao símbolo do PSD atestam a luta contra o fascismo, desempenhada pela classe trabalhadora durante a 2º guerra mundial. É incrível - ou lamentável - verificar que esta ideologia floresce em diferentes regiões do mundo, independentemente da sua religião e cultura. Ser social-democrata implica defender a democracia e combater qualquer forma de totalitarismo, mesmo que vivamos numa altura de re-estruturação dos nossos princípios e ideais.

O combate ao terrorismo não conhece tréguas e bate-se contra um inimigo invisível, diluído na sociedade civil, e que considera tudo e todos dispensáveis com vista a alcançar os seus objectivos, usando a fé do Islão como uma cobertura para uma ideologia totalitária. Muito como o Nacional-Socialismo Alemão do século passado, embora agora falarem árabe e em vez da raça ariana terem a religião muçulmana como fonte ideológica.

Exemplos de movimentos islâmico-fascistas são os muçulmanos sunitas Wahabistas da Arábia Saudita, os Jamalatis Jihadistas no Paquistão, e a Irmandade Muçulmana do Egipto. Também os encontramos nas fileiras dos muçulmanos xiitas, representados pelo Hezbollah no Líbano e os grupos fundamentalistas iranianos apoiados pelo Presidente Mahmoud Ahmadinejad. São todos tipos perigosos, com características idênticas ao fascismo clássico que quase toda a gente conhece ou já ouviu falar e pensam que já não têm lugar na história contemporânea.

O Fascismo Clássico - e agora na sua nova forma, o Islâmico - é distinguível dos movimentos políticos de extrema direita pela sua recusa em obedecer à lei, violando-a consoante os seus interesses, e desafiando a ordem social e cidadania implantada. É a partir deste contexto ideológico que se reforça a bandeira clássica da esquerda do século passado, a cidadania, e por parte da direita, a ordem social. Isto em meados do Séc. XX.

Nessa altura, as organizações fascistas mais activas na Europa, as de Mussolini e de Hitler, perseguindo os seus objectivos de alcançar o poder a qualquer custo, não tiveram quaisquer problemas em romper a paz instalada, e acabaram com as instituições parlamentares e respectivos partidos.

A ditadura de Salazar pode ser considerada de orientação fascista, mas nunca chegou aos níveis brutais destes regimes, especialmente o de Hitler, com o extermínio de mais de 1 milhão de judeus em campos de concentração. Usaram e abusaram do terror contra a sociedade em geral com vista a tomar o poder, substituindo a estrutura política vigente na altura. Contudo, não devemos cair no erro de desculpar ou defender Salazar pelo que fez. Mal estaríamos se caíssemos no ponto de querer o regresso aos "tempos novos" do Estado Novo, só porque as coisas não nos correm actualmente de feição.

O fascismo
é diferente de uma ditadura, por mais cruel que este último seja, como no Chile com Pinochet o foram. Politicamente é errado pensar que os fascistas pretendem a manutenção da ordem e o estado social. Acabaram por combater a elite dirigente, envolvida na governação da sociedade, de modo a se substituirem a eles a todo o custo.

Voltando ao Fascismo Islâmico, este pretende atingir os seus fins sem olhar a meios, criando cenários de ruptura social global de forma arbitrária e gratuita. E isso passa por ataques terroristas, isolados ou em conjunto dentro de um estado, ou mesmo acabando por assumir o controlo geoestratégico do mesmo, levando-o a entrar em guerra com países vizinhos, promovendo o espírito de "um novo mundo", um império onde só têm lugar uma sociedade quebrada, dominada pelo terror e extremamente vulnerável.

Donde vêm o seu apoio, a sua força? Do ponto de vista económico, a partir da classe média, em geral frustrada e em crise, não sabendo o que lhe reserva o amanhã. É fácil partir para uma posição radical, irracional, face às dificuldades económicas. É o que actualmente acontece na maior parte dos países muçulmanos, devastados pelos conflitos internos. Não é só em países do Médio-Oriente que este problema se coloca
mas também em África.

Totalitária em si, o fascismo islâmico levaria à criação de uma divisão entre muçulmanos e os não-crentes em Alá. Levaria a um regime de constante rejeição e conflito interno e a nível internacional, à instauração de um regime paramilitar, indo mesmo contra a própria elite militar regente. A Al-Quaeda e o Hezbollah são ambas organizações paramilitares. Combatida pela comunidade muçulmana moderada, o Fascismo Islâmico é uma distorção do Islão, revestida de um sentimento de patriotismo perverso tal como o fascismo alemão e italiano o foram.

Democrata, democrata sou, mas não tanto. O Fascismo e este sob qualquer forma não pode ter lugar na democracia. É preciso combatê-lo e não ter um espírito conivente e permissivo. E por isso é-me difícil perceber a posição do democrata Jacques Chirac sobre a política nuclear do Irão. Já lhe deve pesar a idade...

Referências:
- Stephen Schwartz, "What is Islamofascism?", Setembro de 2006