2007-03-30

Pensamentos 2

Coreia do Sul

A política assenta na promessa do progresso. Pensamos sempre que vamos crescer, até ao infinito, e nunca paramos para reflectir se de facto temos tempo para crescer, ou acabámos por trocar as voltas e crescemos num lado e diminuímos noutro. A crença do progresso é um mito que esconde a ambiguidade do conhecimento. Este conhecimento nem sempre nos leva a progredir. Pode-nos levar a uma regressão humana, se perdemos de vista o que de maior valor têm a humanidade - a sua moral.

O Humanismo Moderno, corrente filosófica que desponta no século XX, é a crença no progresso humano. Porém, tal crença acaba por ser uma ilusão. O progresso tecnológico pode existir, sem dúvida, mas o progresso social, onde a moral têm que ser aprendida e sentida, é um processo evolutivo que nasce e morre em cada pessoa.

Um desenvolvimento sustentável é o maior desafio que se pode colocar a uma sociedade. Ninguém gosta de estar parado. A necessidade de ter mais acaba por gerar conflitos, que acabam por gerar em guerras, na luta pelos recursos. A guerra do Iraque pode ser entendida como o outro lado da Globalização, o que leva a que certas medidas sejam tomadas a coberto da expansão da democracia com vista a equilibrar a sociedade de um país. Especialmente quando este se torna uma ameaça na região.

Iraque, visto a partir da fronteira com o Irão

O Iraque deixou de existir. Ponto. O radicalismo floresceu. Há uma desagregação interna do Estado, onde as infraestruturas e os serviços públicos são atacados. Tentar mudar o mundo e impor a nossa perspectiva de estado ideal a outros redunda, regra geral, em situações muito piores. Em vez de democracia e liberdade, acabamos por ter caos e guerra civil. A democracia global - ou qualquer outra ideologia universal - não existe. Cada país deve ser livre e cada pessoa também.



"Sobre humanos e outros animais", um livro de John Gray. Recomenda-se pelo seu radicalismo e capacidade de nos levar a reflectir sobre nós próprios.

Ontem, no fecho das conversas no Nicola,

Pedro Santana Lopes esteve igual a si mesmo, one man show : chegou atrasado 30m, teve casa a abarrotar, direito a RTP e dezena de fotógrafos; teve secretária [sempre rodeado de mulheres] para lhe levar 2 dossiers (um dos quais com "Confidencial" na etiqueta da lombada, supõe-se que fosse o tal relatório da auditoria interna que mencionou, da P&W) e ir colocando os slides; e falou durante 50m de si próprio, ou seja, de nada.

Decidiu responder a um artigo que alguém do PCP terá escrito recentemente na Visão, com o que está escrito na publicação, cara e pesadona, "Lisboa 2002/2005 - Prestar Contas", ou seja, falou ... das piscinas que acha «tão bonitas e que ficam bem naquela zona» [o Pedro continua a ser atraído pela água, em busca dos cantos de sereias. É um sonhador, vocês ainda não o perceberam].

Pelo caminho deixou algumas pérolas:

- um elogio a Ribeiro Teles ... esquecendo-se de explicar porque o despejou (!) [os amigos são para as ocasiões];
- o «desnivelamento do trânsito» que não deixaram que acabasse [oohhh...que pena!!!] ... com os túneis do Saldanha, para que «as pessoas possam entrar pelas Amoreiras e, sem parar, chegar ao Campo Grande» ... esqueceu-se que já o podem fazer indo pela 2ª Circular [ups!!!] ... além de que fazer-se do eixo Av.JAA-Av.FPM-Av.Rep. uma via-rápida é um erro grosseiro;
- o muito «orgulho» que tem na campanha de telões e emparedamento na Avenida da República e na Av.Liberdade ... esqueceu-se de dizer porque estão esses prédios emparedados ainda hoje e por reabilitar [para o Pedro, esconder também é obra];
- elogiou o paliteiro, perdão, o jardim do Arco do Cego ... esquecendo-se de dizer o que foi feito da promessa de termos um museu e ateliers no pavilhão e agora termos «apenas» um parque de estacionamento [não me digas... do Sporting/SPGIS!!!];
- comparou Lisboa com Curitiba [cidade no Sul do Brasil onde o urbanismo é levado a sério mas que em Lisboa essa é mais uma maneira de ganhar uns trocos e pagar promessas!], depois de ter dito várias vezes que, tal como Sampaio, tem um desígnio: colocar Lisboa ao mesmo nível de Madrid e Barcelona [uma simples contradição, os otários dos lisboetas não dão por nada];
- plagiou à descarada MMC com os «clusters» para a Baixa Pombalina [é o costume, quando se pode, pode-se];
- invocou o nome de Deus em vão por várias vezes, a propósito da conclusão do túnel do Marquês e do Parque Mayer e ... confessou-se teimoso [e mau rapaz que eu ouvi bem!!!]. Concordo inteiramente [eu também].

Insiste numa coisa que ainda não percebeu [é que ele não consegue perceber à primeira]; à parte os fiéis do costume, ninguém o quer ... bastou UMA vez!;-)

do Blog O Carmo e a Trindade . Os comentários entre brackets são meus...

Pensamentos

Lembro-me de ouvir hoje na TSF, John Gray, um pensador inglês que contribui para a vitória de Margaret Thatcher em 80, mas que se virou um acérrimo adversário no final dessa década, contra o que ele afirma ser o Thatcherismo, um movimento político liberal, neo-conservador, virado para a globalização económica sem cariz social. Virou-se contra o seu próprio movimento, por uma razão de consciência, por ser contra ideologias na sua mais pura forma que restringem o pensamento livre, verdadeiramente humano.

Dá que pensar, o tipo era um combatente, anti-fascista e anti-comunista. Cá dos meus. Sempre contra regimes de pensamento doutrinário, do tipo "é assim porque é assim". Seria esta a velha direita conservadora, calma e serena, que apelava à própria consciencialização da sociedade?

Se era, de certa maneira ela morreu nos dias de hoje, a ser ultrapassada por um partido trabalhista que atacou e "comeu" o centro, quebrando a base sustentada pelos sindicatos e incutindo reformas na sociedade inglesa que mais se aproximavam da social-democracia que a política "natural" dos socialistas.

Lembro-me muito bem de ele dizer que o voto é uma liberdade fundamental, e que votava sempre que lhe era possível - entenda-se a um nível pessoal, votar num candidato em que ele acreditava ser a melhor opção para responder aos desafios presentes do país. Por isso ele votava poucas vezes.

Contudo, na parte final da entrevista, refere uma coisa fantástica e que me faz lembrar o que aconteceu de há 2 anos para cá. Votar dava-lhe a possibilidade de contribuir para diminuir ou mitigar os danos que a sociedade sofreria, na sua óptica, se um mau político estivesse em condições de chegar ao poder, contribuindo para um piorar do estado político e social do país. Dá que pensar.

Concurso Especial

Beriev B-200 estacionado em Monte Real, num dia de nevoeiro de 2006.

A empresa AeroNorte, sedeada em Espanha mas com representação em Portugal, foi a que serviu de intermediário para a vinda dos 2 Beriev B-200 para Portugal. Concurso feito à medida para este aparelho pelo MAI, onde poucos aparelhos são os que têm a capacidade de realizar "scooping" e ter uma capacidade de descarga de 10.000 litros de água, é já vencedor à partida.

Devido à falha do negócio entre o Governo e a Beriev, na compra destas aeronaves, a possibilidade de elas estarem operacionais este verão - previsto ser o mais quente da última década devido ao fenómeno associado ao El Nino e com impacto global - teve que ser atingida recorrendo a um concurso público especial.

Não ponho em causa a vinda destes aparelhos. São aviões de combate a incêndios excelentes e mais tarde ou mais cedo, serão adquiridos e colocados ao serviço da futura Empresa de Meios Aéreos (EMA), que ainda não saiu do papel. Muita contestação foi lançada, veiculada pelos meios de comunicação social, para que esta escolha fosse preterida e outros aviões, mesmo sem serem bombardeiros pesados, como é o avião anfíbio Canadair, fosse o escolhido. Estavamos em 2006. Após um ano de "show" por todo o país, o Beriev chegou e venceu a concorrência. Cá estará em 2007.

Já está com o símbolo dos Bombeiros pintado e tudo, ena pá!

Não devemos descurar o sacrifício de todos os profissionais envolvidos, dos pilotos aos planeadores de missão, das forças de segurança aos bombeiros - grande parte deles voluntários e que arriscam a vida para que outros vivam - entre outros. Do esforço conjunto resultou uma área ardida muito inferior ao dos anos anteriores. Se tivesse que "apontar o dedo a alguém", seria a estes senhores.

Pondo estas questões meritórias de parte, gostaria de vir a saber quanto é que a AeroNova acabou por ganhar com este concurso "super-especial". A bem da transparência e rigor financeiro. É que este negócio é e continua a ser muito lucrativo para as empresas que alugam as aeronaves. Razão pela qual o Estado Português, passados vários anos de governação PS e PSD, em que se tinha decidido em alugar a frota de combate a incêndios florestais (IF), "ganhou juízo", ouviu os técnicos, deixou-se de "chapeladas" e de "amiguismos" e avançou para um plano de aquisição de frota própria, operada e mantida sob a responsabilidade do Estado Português.

As fundamentações, para os mais cépticos - há também aqueles que por razões profissionais nunca desistirão de tentar "queimar" esta decisão para que os seus interesses sejam satisfeitos, no mundo empresarial, vale tudo, mesmo tirar olhos - estão presentes no relatório da comissão especial de avaliação formada por técnicos qualificados.

E pergunto eu, e se todas as decisões políticas fossem fundamentadas sempre por este processo, como acontece na Finlândia, em que a avaliação técnica é sempre publicada por técnicos da administração pública altamente qualificados? Será que Portugal seria um país Diferente? Fica a observação.

Oeiras mete água no futuro

Hoje (ontem) foi um dia diferente. Dei um saltinho à 5º reunião de revisão da Agenda Local Oeiras XXI. Foi um esticanço. Das 14 às 18:30, a ouvir, escrever, discutir, concordar, pensar em como Oeiras pode ser um melhor Concelho no século XXI. A questão em debate era sobre o Território Sustentável, qual seria a estratégia a adoptar - nomeadamente pela CMO - para que os Munícipes tivessem uma melhor qualidade de vida. Para já, a organização está de parabéns. O local na Estação Agronómica Nacional é perfeito e feito à medida para este tipo de reuniões.

Quanto ao que foi dito e feito, não posso deixar de assinalar a presença da malta política, realçando a prestação de Nuno Campilho, que até teve tempo pessoal para vir a 4 reuniões (um dos recordistas!). Até ganhou um prémio da CMO, vejam lá. Então, o Nuno Campilho teve a responsabilidade de apresentar os projectos territoriais do seu grupo de trabalho. Os projectos foram "Transportes Séc. XXI" e "Oeiras Flutua"...

Transportes Séc. XXI - na minha opinião são transportes do Séc. Passado. Consiste em utilizar veículos movidos a gás, em rotas estratégicas pelo concelho de Oeiras, para satisfazer as necessidades de mobilidade da população residente. Ora se não sabem, o preço do gás têm vindo a aumentar, e estes projectos têm estado na calha para serem abandonados a longo prazo, preferindo-se soluções mais amigas do ambiente - o gás é extraído de reservas de combustíveis fósseis e prevê-se que seja formada uma nova OPEP do gás. As soluções mais amigas do ambiente, se não sabes Nuno Campilho, ficas agora a saber que são o Hidrogénio, a Electricidade, e a Pilha de Combustível, sendo estes os meios de reserva de energia do futuro, isto é, deste Séc. , o Século XXI.

Oeiras Flutua - é mais Oeiras Mete Água. A ideia é construir, à falta de terreno, tal como nos E.A.U., autênticas ilhas flutuantes ao longo da Costa desde Algés a Paço de Arcos, constituindo um elemento de atracção para a prestação de serviços - isto faz-me lembrar aquelas carreiras marítimas que partem da Finlândia para o pessoal poder se embebedar à fartazana, por metade do preço porque o álcool é vendido a preços proibitivos no seu país - serviços esses que se revestirão com um elevado potencial turístico e contribuindo para aliviar a pressão urbanística, já de si elevada por causa das promessas do Isaltino aos empresários da construção civil que lhe financiaram a máquina eleitoral, no território de Oeiras. Pois bem, Nuno Campilho, se não sabes ficas agora a saber que uma solução destas passaria a constituir um perigo à navegação na entrada da barra do Tejo, estando sujeita em certos momentos a forte ondulação de Sudoeste. A costa de Oeiras não é assim tão pacífica, existem correntes fortes, e quando há tempestades na barra do Tejo, não é raro termos ondulações fortes que chegam até à Cruz Quebrada, e um empreendimento para serviços desta natureza - hotéis, centros comerciais - ficaria em risco.

Pergunto eu, como é que uma pessoa destas pode ser director executivo da Universidade Atlântica? Ou mesmo um assessor, pago pela CMO? A única explicação que encontro é que o Nuno Campilho e os que estão ao redor dele, estão tão habituados a meter água, que já confundem Oeiras com o WaterWorld. Há cada um...

2007-03-26

ColdPlay

Low

Uma das minhas bandas favoritas. Excelente Som!

Empresa do Novo Aeroporto contesta Poceirão

As questões ambientais, o desenvolvimento socio-económico da região, a colisão com aves, a distância a Lisboa e a inserção no eixo Lisboa-Porto favorecem a Ota, segundo a Naer.

Nova localização é "mera sugestão"
Carta Navegação Aérea com indicação de áreas Reservadas/Restritas/Proibidas

"As localizações divulgadas configuram meras sugestões, sem qualquer fundamentação em estudos técnicos, mas apenas em documentos muito preliminares", considera a empresa do Novo Aeroporto de Lisboa (Naer) em declaração ao Expresso e reagindo ao estudo preliminar sobre o Poceirão hoje divulgado.

Segundo a empresa, "as condições geo-estruturais da Ota são mais favoráveis que as de Rio Frio" e desconhecem-se, porque não foram estudados, os custos de consolidação dos terrenos naquela zona. O risco sísmico na Ota também será menor, pois embora todas estejam em área de risco máximo, a localização a norte do Tejo "está mais perto" de um zona de menor risco.

Contestando a pouca relevância dada à presença de aves na margem Sul, a Naer afirma que "a dimensão e gravidade do impacte para a operação aeronáutica colocado por uma ave, em trânsito esporádico, é muito diferente daquele que terá um bando migratório de várias centenas de aves, formando uma verdadeira barreira, conflituando directamente com as aproximações, aterragens e descolagens das aeronaves na proximidade do aeroporto".

Vista Google Earth do Terreno para o Poceirão

Sobre a existência de recursos hídricos entre o Tejo e o Sado, no subsolo do Poceirão, a Naer insiste em que aquela é a maior reserva de água doce da península ibérica, a qual se estende de Abrantes a Grândola. "Todas as localizações estudadas na margem Sul, estão sobre este aquífero. Seria este também o caso da localização Poceirão", afirma a empresa em comunicado.

A favor da Ota, argumenta-se ainda com o reforço do eixo Lisboa-Porto, "principal estrutura demográfica e económica de Portugal" e, por a zona de Rio Frio ter "uma estrutura urbana constituída por um elevado número de aglomerados dispersos de pequena ou muito pequena dimensão que não têm peso demográfico-económico para atrair e rentabilizar a dinâmica económica que se pretende fomentar na área envolvente do aeroporto".

Localizações do Novo Aeroporto em discussão. A Ota foi a seleccionada.

A Naer refere que Poceirão e Marateca estão mais longe de Lisboa que a Ota, e que "uma localização na margem Sul não permite a ligação ao eixo de alta velocidade de Lisboa-Porto, que constitui o eixo fulcral do país, onde reside 77% da população de Portugal Continental. Uma localização na margem Sul, nomeadamente Poceirão, penaliza a acessibilidade do eixo Cascais-Sintra, um dos mais importantes em termos populacionais e do turismo nacional. Essa mesma localização, sendo excêntrica em relação à área em que se encontra a maioria da população da área metropolitana de Lisboa, penaliza também as condições de acessibilidade, designadamente ferroviárias."

Por Helder C. Martins e João Garcia, EXPRESSO

2007-03-24

Imbatíveis


Portugal - Bélgica: 4 - 0. Não tiveram qualquer hipótese. É desta que ganhamos o Euro.

2007-03-20

Ordenamento Costeiro, que Futuro?

Um quinto da costa da Europa está em erosão devido ao mar e as cada vez mais frequentes tempestades e inundações não ajudam ao cenário. Em média, as costas europeias estão em retracção entre 0.5 e 2 metros ao ano, chegando a 15 metros em alguns casos extremos. O resultado são casas que caem no mar e estradas costeiras que colapsam.

O maior risco de erosão situa-se em zonas de praias arenosas, junto a rios ou sujeitas a correntes e ondulações fortes. A alteração dinâmica dos efluentes do rio, devido a barragens ou desvios do seu percurso, acabam por diminuir a taxa de sedimentação de materiais arenosos ao longo da costa, quebrando o ciclo de reposição do mesmo e acelerando a erosão costeira. Se não há material a ser levado, o mar avança. O equilíbrio natural acaba por estar afectado pelo desenvolvimento costeiro e não só.

Para terem uma ideia, a nível europeu, 100 milhões de toneladas de areia são utilizadas na construção civil, areia essa que deixa de substituir o material arenoso levado pelo mar. Arranjar um substituto para este material não é fácil, já que mesmo a reciclagem dos resíduos sólidos oriundos de demolições ou operações de terraplanagem não são os mais indicados para o grau de qualidade e segurança da construção que se quer numa zona com risco sísmico moderado, caso de Portugal.

Com as mudanças climáticas e o aumento do nível do mar, a situação piora. O custo financeiro - há também os custos sociais de ter que deslocar populações para sua salvaguarda - a nível europeu para combater a erosão costeira continua a subir, com dados de 2004 - que já não reflectem a realidade - a chegar a montantes de 3.2 mil milhões de € por ano.

Como há cada vez mais pessoas a viver ao pé da costa - estima-se uma concentração de 50% da população portuguesa a viver a menos de 50 km da costa - teremos um maior impacte social devido à erosão costeira. A nível europeu, 16% da população habita em zonas costeiras. Estamos a falar de 70 milhões de cidadãos europeus, que podem vir a ser afectados por este problema, em algum aspecto das suas vidas.

De facto, o governo actual, que tão bem disse do Ambiente, deveria ser mais enérgico nesta matéria, quer na protecção das vidas humanas, quer nas infraestruturas e no estabelecimento de uma matriz de planeamento urbano que reflicta as novas realidades do ordenamento da orla costeira. O ambiente também é um dos objectivos propostos por Marques Mendes, na apresentação da estratégia do PSD como alternativa ao rumo actual que o governo do PS têm tido.

INAG mete água !

Meteu água e de que maneira - devia ter ordenado ao Governador Civil de Setúbal a imediata retirada dos equipamentos instalados no parque de campismo. Limitou-se a dizer "eu bem vos avisei". Mas não foi o único a meter água nesta confusão toda. O que se passou é um claro exemplo de como as estruturas democráticas neste país funcionam - passam a batata quente a outros. O otário - nós os contribuintes que financiam o Estado - que pague a factura no fim.

Não consigo entender a postura da presidente da junta de freguesia, nem a da Câmara Municipal de Almada, que face a um aumento de risco significativo, cruzam os braços e não se precavêm do pior. E depois no fim a culpa é do Estado. Esta malta não existe!
Não há cultura de segurança!

A culpa é de quem resolveu forçar a situação, com vista a tirar dividendos políticos desta situação. Não havia vidas em perigo, a Protecção Civil não tinha que intervir, as obras efectuadas revelaram-se insuficientes e se tivesse morrido alguém, pediam a cabeça do sr. Ministro. Assim, um país é simplesmente ingovernável!

Francamente, a situação do mar entrar adentro, rompendo o paredão, não me chateia. A mãe-natureza têm sempre a última palavra. O que me incomoda é a quantidade de gente que não fez nada e chutou as responsabilidades para a Administração Central. Então e a Câmara, e o Governo Civil, para que é que servem? Escudam-se na sua falta de autoridade em gerir a orla costeira. Por acaso não serão eles a parte mais interessada no meio desta confusão toda?

Assim, isto não vai lá!

2007-03-19

Estudos de Navegação Aérea???

Fiquei estupefacto com o que me disseram colegas da NAV a almoçar na cantina da ANA:
1 - Pode ser uma manobra política por parte do governo para deixar cair a Ota ou então a "fuga" do relatório para a comunicação social pode ter sido propositada para (des)credibilizar a oposição.
2 - O estudo foi feito por um grupo técnico da NAV com resistências à mudança da Portela para a Ota.
3 - As limitações de espaço aéreo são tidas em conta com o actual cenário em que a Portela está inserida, o que não faz nenhum sentido já que vai ser desactivada!
4 - Quando se faz um novo aeroporto, criam-se novos corredores aéreos e procede-se a uma nova separação das áreas restritas e reservadas. Era esta a responsabilidade do grupo de estudo da NAV mas sem a autoridade para tal.

Perito Moreno

Glaciar Perito Moreno, El Calafate, Argentina, visto à distância.

Belíssimo cenário na Patagónia que atrai dezenas de milhar de turistas todos os anos.

Património Mundial pela UNESCO e terceira maior reserva de água doce.

Um empresário sempre presente

Um militante social-democrata de Gondomar, o empresário Manuel Nápoles, está no centro de alguns dos contratos polémicos analisados pela comissão que fiscalizou a Gebalis. Nápoles é administrador da Hidrauli Concept, a empresa que, apesar da avença mensal contratualizada com a Gebalis, cobrou materiais a preços muito acima dos valores do mercado.

A Hidrauli Concept têm a sua sede na mesma morada que a Civil Concept - em Baguim do Monte, Gondomar - que também aparece no rol de empresas contratadas pela Gebalis. Por sua vez, a Civil Concept têm a mesma sócia-gerente que a M. Amaral & J. Azevedo, uma empresa com sede na Amadora, que também têm contratos com a Gebalis. As três empresas actuam na mesma área de negócio: construção civil e canalizações.

Esta última, a M. Amaral & J. Azevedo, conseguiu também, recentemente, um contrato de prestação de serviços com a Câmara Municipal de Oeiras para fazer serviços de reparações nas casas de pessoas carenciadas no concelho. O referido contrato foi feito por adjudicação directa, sem realização de concurso público, com a justificação de que o serviço a prestar pela empresa é pioneiro e exclusivo, por si idealizado e montado - justifica-se no contrato de prestação de serviços, a que o SOL teve acesso.

Segundo fontes sociais-democratas ;-) , o empresário e militante de Gondomar Manuel Eduardo Fonseca Cardoso de Nápoles foi um dos apoiantes, ainda que discreto, de José Alberto Pereira Coelho (conhecido como Zé Beto) à liderança do PSD, contra Marques Mendes, no ano passado. Terá também ligações à antiga vereadora da câmara de Lisboa e actual deputada do PSD, Helena Lopes da Costa. O antigo chefe de gabinete desta, Nuno Costa, é agora um dos assessores de Isaltino Morais na Câmara de Oeiras.

Graça Rosendo, jornalista de investigação, SOL, 17-MAR-2007

Dito

"Grande parte da corrupção neste país passa pelo sector da construção civil."

Presidente da ANET, Revista da Qualidade, Expresso.

Direito à Incompetência

Helena Lopes da Costa começou a jogar à defesa, no inquérito do DIAP sobre o negócio Parque Mayer. Diz que Carmona é que ficou com a responsabilidade do negócio e que lhe disse para não levar a mal quando lhe foi retirado o dossier. E que foi apanhada no meio da confusão toda - nessa e na acumulação de salários como administradora na EPUL onde reporta ao Correio da Manhã que não está a par da lei que limita o vencimento dos autarcas e outros contratados para a administração pública.

Um autarca não pode afirmar que desconhece a lei, especialmente uma que regula a prestação e vencimento de funcionários ou gestores da administração local, isso mostra incompetência e é um forte indício de que a pessoa visada não têm perfil para o serviço público.

Porque é que Carmona fez isso? Porque perdeu a confiança na ex-Vereadora do Património e Acção Social. Por ter sido nessa altura que ficou presidente da câmara de Lisboa, com responsabilidades acrescidas, além de este dossier se ter tornado um tópico bastante sensível, graças ao trabalho feito pelo PCP na CMLisboa.

Santana Lopes afirma que nessa altura teve dúvidas. É preferível mostrar que se têm dúvidas a tomar decisões. E assim, aproveita para "queimar" Carmona Rodrigues. Arvora que desconhecia o direito de preferência da BragaParques - esta empresa está sob investigação por suspeita de corrupção activa.

E então, como é que um presidente da CML pode revelar desconhecimento desse direito de preferência? Terá sido tramado ou posto de lado em relação a este negócio, importante para Lisboa, e que o levou a gastar milhões de € num projecto de Frank Gehry?

Uma certeza tenho eu. Santana Lopes e Helena Lopes da Costa estão bem um para o outro. Acham que têm direito a serem incompetentes.

Meia Maratona de Lisboa

Esta não é uma do Sampaio mas é bem melhor!

Comboios superlotados. Acesso difícil ao ponto de partida. 21195 metros. 36000 pessoas. Sessões de fotografia no meio da ponte 25 de Abril. Mães que levam as criancinhas em carrinhos de bebé. Putos que ficam a chorar porque não podem levar o cãozinho. Paletes de Espanhóis. 2 horas a correr sem parar. Montes de publicidade. Lixo por todo o lado à chegada.

Lisboa ... é mesmo assim. A próxima é a de Madrid.

2007-03-16

Muito calor...

Não é só em Portugal que a temperatura está a aumentar...


Eu cá apostava que o Santana Lopes está danadinho para mandar abaixo esta direcção. Antes que ela acabe por limpar a A.R. dos seus "meninos". Um autêntico incendiário!

Hace mucho calor, baby! Ui!

2007-03-14

Estado do PSD em Oeiras

Sim, li o artigo do "Sol" sobre o PSD de Algés e Oeiras. E sim, conheço grande parte das pessoas referidas no mesmo. Agora, o que não vou fazer é política de terra queimada e dizer mal de quem lutou lado-a-lado com o PSD e que perdeu. Sejamos claros. Se a Teresa Zambujo tivesse ganho - elegeu o mesmo número de vereadores que a lista afecta ao Isaltino - a história seria completamente diferente. Ninguém gosta de perdedores na política. E quem diz mal hoje em dia estaria silencioso ou então a apoiar efusivamente o seu desempenho na autarquia.

As duas secções do Concelho de Oeiras, a de Algés e a de Oeiras, têm sofrido uma fuga lapidante de militantes dos seus quadros activos. Como explicar que 1200 militantes, de um momento para o outro, chegam a meia centena que vão votar para as eleições da concelhia de Oeiras? Ou dos cerca de 1800 militantes de Algés, só meio milhar acabaram por votar? De que maneira estes militantes se revêm nas secções locais, depois do que se passou nas últimas autárquicas?

A posição pública de Teresa Zambujo no artigo do "Sol" clarifica o que se passa nas duas secções. É uma luta partidária, pelo poder político, tentando minar o terreno do adversário. Em ambas as secções, em ambos os lados. É inovador no PSD termos um eleito que se comporta politicamente à parte do executivo das duas secções do seu partido. Mas porquê?

O que não é suficientemente explorado no artigo do "Sol" é o facto de o executivo da Secção de Oeiras descender da mesma família política que apoiou Isaltino e que tentou cortar as pernas à Teresa Zambujo, com pedidos de suspensão ilegais ao Tribunal Constitucional com vista a dar cabo da representatividade local de Teresa Zambujo no Concelho, com direito a emissão na SIC Notícias e tendo como pano-de-fundo a Câmara Municipal de Oeiras - alguém me explica porque é que um representante do PSD resolveu pôr a C.M.O. como pano de fundo para defender a sua quinta, como que se fosse a sua própria casa?

Também não é referido nesse artigo a utilização à revelia do PSD da base de dados de contactos dos militantes do PSD/Oeiras por parte dessa comissão política, presidida pelo Alberto Martins da Luz - actual assessor de Isaltino e que retorna às lides partidárias, jubilando a prestação da secção de Oeiras no I Fórum do PSD/Oeiras - e apoiada pelo presidente da mesa da assembleia de secção, Pedro Afonso de Paulo - este acabou por suceder-lhe ao cargo. Nem do uso da Secção do PSD/Oeiras como ponto de trabalho para traçar estratégias contra o próprio partido - o que Sá Carneiro teria pensado disto tudo se ainda fosse vivo?

Bem vista a situação, não esperava outra coisa que o divórcio litigioso que se seguiu entre a Teresa Zambujo e o executivo das secções de Algés e Oeiras.

Como não há bom-senso no partido, é de lamentar que os próximos 2 a 3 anos o Conselho de Jurisdição Nacional venha a estar cheio de trabalho para dar vazão aos múltiplos processos disciplinares colocados a militantes que usam e abusam do partido para atingir os seus propósitos pessoais. Isto não se trata de atitudes pidescas ou de montar um gabinete de acompanhamento ad-hoc com o intuito de aniquilar a concorrência - esta é salutar e deve ser encorajada, porque permite a renovação e assegura o futuro, mais ou menos próspero, do partido. Trata-se simplesmente de pôr ordem na casa. Porque sem regras e o seu cumprimento, não há democracia que resista por muito tempo.

E garanto-vos que não andam a dormir. Estão bem acordados.

Promessas do PS


2 anos depois!

O MAI lançou um Blogue!


Apraz-me saber que o próprio governo, neste caso o Ministério da Administração Interna, tenha lançado um blogue para esclarecer ou contrapôr artigos da comunicação social em que a política do governo é visada.

Saliento que tal iniciativa é benéfica para a democracia portuguesa e espero que todos os outros Ministérios o façam, complementando o seu portal e imprimindo um cunho pessoal no seu registo - é isso que a blogosfera é, pessoas a comunicarem a outras pessoas, e nas duas direcções, o que acaba por faltar neste blog do MAI que reflecte a opinião de António Costa e respectivo staff.

Outros exemplos são o site da Câmara Municipal do Porto, o site pessoal do deputado europeu Carlos Coelho, e o site da Presidência Portuguesa.

2007-03-12

Um pouco de Ciência...

Melhor que a TV. Melhor que a Floribella... pronto, estou a abusar, mas vale mesmo a pena dar uma olhadela:
  1. Porque é que o gelo dos pólos são importantes?

  2. Como nascem os furacões?

Mariza - Oh gente da minha terra

A Terra Prometida

No passado dia 10 de Março fui ao congresso do PSD na FIL e no meio dos dirigentes do partido, dirigentes de concelhia e deputados, lá fui revendo o "estado da nação". Portugal é de facto, a terra onde se fazem mais promessas. Será esta a "Terra Prometida" ou a "Terra das Promessas"?

1º constatação: começou (e acabou) a horas. Facto inédito em todos os encontros partidários que assisti. Ena!

2º constatação: sala cheia de personagens promissoras e que terão num futuro próximo responsabilidades de governação. O PSD é dos partidos que têm maior número de quadros - políticos e técnicos - qualificados.

A primeira parte - após a exposição do filme "tesourinhos deprimentes" - uma explicação completa do estado da nação, do que foi prometido e do que foi feito pelo governo socialista. Este governo, embora faça as reformas à muito necessárias - e para isso conta com uma maioria absoluta - continua a imprimir o cunho a que todos nos habituámos - demasiado centralizador, racionalista, impessoal e com muita propaganda à mistura.

De todas as apresentações, gostei mais a do deputado José Eduardo Martins, na área do Ambiente. Têm bons dotes de comunicação, e aliando um pouco do saber com o espectáculo, lembrou-me o filme do Al Gore, "Uma verdade Inconveniente". Até podemos resumir toda esta apresentação como isso - um conjunto de "Verdades Inconvenientes", do que foi prometido e do que se acabou por fazer, à revelia do programa inicial e que foi sufragado pelos portugueses nas últimas eleições legislativas.

A segunda que mais me interessou foi a apresentação da área da Educação, do deputado Pedro Duarte. Portugal é quem está na cauda da Europa. E a Educação, como todos sabemos, é um reflexo do futuro. Sem competências, sem valências organizacionais, Portugal afunda-se e continuará a se afundar, com esta política educativa. Sem uma maior autonomia cada escola não se poderá adaptar à realidade local. Globalmente, temos que pensar no amanhã e agir hoje, a nível local, para assegurarmos o futuro das nossas gerações.

Na 2º parte, tivemos o discurso do líder do PSD, Luís Marques Mendes, ao qual pode ser lido na íntegra no site do PSD, aqui.

Gostei das medidas propostas do abaixamento do IVA e do IRC. Os portugueses já pagam demasiados impostos elevados, para os rendimentos e qualidade de vida que têm. Temos um dos mais baixos crescimentos económicos europeus, 1/3 do da Espanha. A Europa já acordou, mas a nossa economia, em grande maioria sustentada pelas PME, ainda não arrancou. A dívida pública aumentou assustadoramente. É cada vez mais difícil nascer e cada vez mais fácil morrer em Portugal, com o estado a que se chegou.

A única coisa que discordei foi da sua posição sobre a Ota - eu estou claramente a favor, por ser a melhor alternativa que menos impacte ambiental têm, das apresentadas e estudadas nos últimos 40 anos. Mas não tenho problemas nenhuns em que se façam novos estudos sobre esta solução, atendendo a que:
  1. Têm que ser profissionais qualificados e ainda activos na área - opiniões de pessoal técnico reformado ou quadros com ligação ao PSD não servem.

  2. Experiência quanto baste e craveira reconhecida internacionalmente nessa área - sugiro o grupo de engenharia de aeroportos da F.A.A.

  3. Publiquem o relatório e indiquem, como todos os estudos efectuados e financiados nos Estados Unidos, os patrocinadores de tal estudo.

2007-03-11

11 de Março

Foi à 3 anos, numa manhã fatídica para 191 pessoas. Em Madrid.

2007-03-09

Um novo tratado de Quioto


Aprovado por consenso um acordo para diminuir em 20% em comparação aos valores de 1990, até 2020 as emissões de gases de estufa no espaço europeu, além da partilha de fontes de energia renováveis. Uma grande vitória e um claro sinal para o G8 (Estados Unidos, China, Rússia, etc). Clique na foto ao lado para aceder ao artigo completo no portal da União Europeia.

IVG aprovada no parlamento

Foi aprovada ontem, 8 de Março, dia da Mulher, por larga maioria, e contando com o voto de 21 deputados do PSD.

Desenvolvimento em breve: "Referendo em Portugal, Sim ou Não?"

2007-03-05

Lei das Finanças Locais

A nova lei das finanças locais, que vêm substituir a de 1979, têm um objectivo, o de melhorar o desempenho financeiro das autarquias locais, limitando a sua capacidade de endividamento, como forma de diminuir o défice nacional e o peso financeiro da máquina autárquica local. Isto têm implicações na autonomia do poder local.

Com efeito, podemos indagar se esta mudança não terá uma influência negativa na democracia do poder local. Porque certo será que 50% ou mais dos municípios portugueses terão o seu orçamento diminuído com a aplicação - progressiva e limitada a variações de 5% ao ano, para cima ou para baixo - da nova fórmula de cálculo.

Isto em parte vai levar a uma de duas coisas. Haverá regiões que celebrarão acordos de parceria com vista a explorar com maior eficiência os recursos disponíveis, já que um município "per si" não consegue sobreviver sozinho - prenúncio da regionalização? - ou então entrará em declínio contínuo, acelerando a desertificação e apagando a memória de um povo que em tempos idos vivia da terra.

A nova lei - muito pouco abordada pelas secções do PSD pois estas deviam ser as mais interessadas em clarificar os militantes locais sobre esta reforma - acaba por reforçar o orçamento das áreas com maior densidade populacional, beneficiando as Áreas Metropolitanas do Porto e de Lisboa, além da faixa litoral. A área fronteiriça, raiana, será a mais prejudicada.

Foi acordado que as autarquias passariam a ter novas competências na área da saúde, acção social, segurança e educação. É uma reforma de largo espectro, beneficiando os interesses locais das comunidades. Pelo menos é esse o objectivo inicial, com a passagem de tomadas de decisão, investimentos e responsabilidades que isso implica.

Especificando melhor o Orçamento do Estado para as autarquias, há dois tipos de fundos, o fundo geral municipal e o fundo de coesão municipal, este último para colmatar as fortes assimetrias regionais, entre o Interior e A.M./Litoral. Contudo, o geral, têm uma fórmula de cálculo do orçamento que leva em conta 65% da população habitante. Feitas as contas, acabamos por ter um cenário que reforça o orçamento municipal das câmaras municipais e freguesias (estas têm dotação em regimes separados do O.E.) mais populosas.

Para "refrear" as grandes mudanças, "pacificou-se" a nova lei das finanças locais, introduzindo patamares anuais de mudança não superior a 5%. Estima-se que se esta lei se prolongar nestes moldes, levará 20 anos até que o orçamento atribuído às autarquias chegue ao seu "valor real", atribuído pela nova lei de finanças locais.

Contudo, a entrada de limitação de endividamento da autarquia será efectiva já para o planeamento orçamental autárquico de 2008. Se a autarquia tiver dívidas elevadas, com crédito a médio ou longo prazo ou "leasing" a mais de 5 anos, estará em situação ilegal e todos os seus actos de gestão ficarão sobre supervisão técnica do governo, um órgão de estado diferente daquele de que a população votou e elegeu para a sua autarquia, violando o princípio da neutralidade e podendo levar à retracção dos investimentos municipais, dificultando o desenvolvimento local.

O mais triste e revelador dos reais intentos do governo actual é que a primeira proposta apresentada às autarquias através da Associação Nacional dos Municípios Portugueses suprimia uma frase da lei anterior : "salvaguarda da democracia e autonomia autárquica". Interessante, não é?

O que nos reserva o futuro? Haverá com certeza uma mudança do paradigma autárquico, levando ao ressurgir de áreas metropolitanas - um exemplo disso é a Comunidad de Madrid - com eleições directas e acabando com a representatividade atribuída presentemente aos munícipes locais eleitos, para o estabelecimento de um novo nível de administração territorial e com soberania na tomada de decisões que tenham influência na gestão dos municípios locais. Se não se cortar algum nível de administração a nível regional, como os Governos Civis, ou Delegações Regionais de Ministérios, o peso da máquina do Estado aumentará. Se assim for, não estaremos perante uma simplificação do poder local, mas um aumento burocrático e uma limitação do exercício das funções autárquicas.

Embora se trace actualmente um quadro negro - e vamos ser realistas, o que se passou em Felgueiras, Gondomar, Lisboa e Oeiras acaba por manchar a fotografia - em cerca de 30 anos de poder autárquico nunca houve tamanha evolução do poder local e da sua importância na vida das suas comunidades. É preciso, acima de tudo, ter isso em conta.

Nota: a 26 de Março decorrerá no Lagoas Park Hotel em Oeiras, uma conferência promovida pela ANMP. A não perder, para todos os eleitos locais.

2007-03-04

Aviso!!!

Informa-se os concidadãos portugueses para terem bastante cuidado com esta personagem, de seu nome José Sócrates, que nos últimos 2 anos no seu exercício de cargo não têm feito mais do que propaganda falsa e anúncios de "powerpoint".

Não se deixem enganar.

Lets go to the movies tonight!

Chris Cornell, AudioSlave. Banda sonora do filme de James Bond, "Casino Royale".

2007-03-01

Em destaque

Hoje poderão assistir, se morarem perto de Viana do Castelo ou pela internet, a um debate no Hotel Viana Sol sobre o tema "Portugal e o Mar, que desígnio nacional?" com a presença do líder do PSD, Luís Marques Mendes.


Também faço destaque ao post do Nuno Mendes no seu Blog. É um colóquio de 2 dias, realizado em Cascais. Um dos moderadores é conhecido meu, e o que eles vão lá falar, nada de novo a mim me traz. Compareçam e participem.


Também chamo à atenção a reunião promovida pela actual secção do PSD/Oeiras, a realizar hoje à noite na Biblioteca Municipal, sobre a Globalização. Não vou estar presente devido a formação autárquica mas quem não quiser ir para os copos hoje à noite, já têm programa.