2007-03-30

Oeiras mete água no futuro

Hoje (ontem) foi um dia diferente. Dei um saltinho à 5º reunião de revisão da Agenda Local Oeiras XXI. Foi um esticanço. Das 14 às 18:30, a ouvir, escrever, discutir, concordar, pensar em como Oeiras pode ser um melhor Concelho no século XXI. A questão em debate era sobre o Território Sustentável, qual seria a estratégia a adoptar - nomeadamente pela CMO - para que os Munícipes tivessem uma melhor qualidade de vida. Para já, a organização está de parabéns. O local na Estação Agronómica Nacional é perfeito e feito à medida para este tipo de reuniões.

Quanto ao que foi dito e feito, não posso deixar de assinalar a presença da malta política, realçando a prestação de Nuno Campilho, que até teve tempo pessoal para vir a 4 reuniões (um dos recordistas!). Até ganhou um prémio da CMO, vejam lá. Então, o Nuno Campilho teve a responsabilidade de apresentar os projectos territoriais do seu grupo de trabalho. Os projectos foram "Transportes Séc. XXI" e "Oeiras Flutua"...

Transportes Séc. XXI - na minha opinião são transportes do Séc. Passado. Consiste em utilizar veículos movidos a gás, em rotas estratégicas pelo concelho de Oeiras, para satisfazer as necessidades de mobilidade da população residente. Ora se não sabem, o preço do gás têm vindo a aumentar, e estes projectos têm estado na calha para serem abandonados a longo prazo, preferindo-se soluções mais amigas do ambiente - o gás é extraído de reservas de combustíveis fósseis e prevê-se que seja formada uma nova OPEP do gás. As soluções mais amigas do ambiente, se não sabes Nuno Campilho, ficas agora a saber que são o Hidrogénio, a Electricidade, e a Pilha de Combustível, sendo estes os meios de reserva de energia do futuro, isto é, deste Séc. , o Século XXI.

Oeiras Flutua - é mais Oeiras Mete Água. A ideia é construir, à falta de terreno, tal como nos E.A.U., autênticas ilhas flutuantes ao longo da Costa desde Algés a Paço de Arcos, constituindo um elemento de atracção para a prestação de serviços - isto faz-me lembrar aquelas carreiras marítimas que partem da Finlândia para o pessoal poder se embebedar à fartazana, por metade do preço porque o álcool é vendido a preços proibitivos no seu país - serviços esses que se revestirão com um elevado potencial turístico e contribuindo para aliviar a pressão urbanística, já de si elevada por causa das promessas do Isaltino aos empresários da construção civil que lhe financiaram a máquina eleitoral, no território de Oeiras. Pois bem, Nuno Campilho, se não sabes ficas agora a saber que uma solução destas passaria a constituir um perigo à navegação na entrada da barra do Tejo, estando sujeita em certos momentos a forte ondulação de Sudoeste. A costa de Oeiras não é assim tão pacífica, existem correntes fortes, e quando há tempestades na barra do Tejo, não é raro termos ondulações fortes que chegam até à Cruz Quebrada, e um empreendimento para serviços desta natureza - hotéis, centros comerciais - ficaria em risco.

Pergunto eu, como é que uma pessoa destas pode ser director executivo da Universidade Atlântica? Ou mesmo um assessor, pago pela CMO? A única explicação que encontro é que o Nuno Campilho e os que estão ao redor dele, estão tão habituados a meter água, que já confundem Oeiras com o WaterWorld. Há cada um...

2 comentários:

Anónimo disse...

Se não sabes, ficas a saber que ele é co-arguido no processo do Isaltino Morais. É por isso que ele é assessor e director executivo da U.A. .

Oeiras não flutua, Oeiras afunda-se com tipos destes na governação da câmara.

abraço

Anónimo disse...

Será que ainda iriam a tempo de "criar" mais espaços para urbanizar?
Agora, já é tarde... Lembrassem-se mais cedo.