2006-08-14

O desafio da Ota

Este blog não pretende ser um eco das posições oficiais do Partido Social Democrata.

Por vezes, é penoso tomar uma posição que é contrária ao assumido pelo Partido que é de todos nós, os militantes. Mas quando vai contra uma matéria que conheço, que estudei, e que estive lá, mesmo no meio daquilo tudo, não posso olhar para o lado e assobiar.

Fazer oposição é sempre difícil, para qualquer líder. Toma-se uma posição por natureza sempre contrária e de resistência ao Governo. Cooperação ainda é uma palavra feia nas lides parlamentares, e a falta dela resulta naturalmente em erros crassos, quando as pessoas querem tomar uma posição e não se fundamentam devidamente.

Uma coisa é defender a população de uma ameaça real, como o é o que se está a pensar realizar na Cimenteira do Outão, prosseguindo a co-incineração de resíduos perigosos de lamas oleosas, solventes e óleos usados sem respectivo estudo de impacto ambiental. Estiveram bem. Outra é bater o pé na Assembleia da República e não chegar a apresentar, em conclave, uma alternativa viável ao
novo aeroporto da Ota.

O problema na Portela existe. Existe mesmo! Com o continuar das coisas, a Portela rebenta pelas costuras. O que é que o PSD quer que se faça? Adiar a resolução do problema lá para as calendas, quando estivermos em tempo de vacas gordas? Numa economia global, as companhias aéreas não ficam paradas à espera que o vento mude, nem fazem birras, agem como a GM fez, para o bem e para o mal, e depois teremos Portugueses que querem voar para a Europa na TAP, e têm que apanhar um Air Shuttle para Madrid-Barajas.

A Ota não é um problema ou erro estratégico, é um desafio!

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