2007-09-09

PROT-AML e OVT

Novo Aeroporto em Lisboa


Zonas de crescimento e de atracção económica presentes a norte de Lisboa.

Eixos Motores para o Desenvolvimento Regional indicam a Ota como a localização que mais benefícios traz a toda a região, não só a Lisboa, mas também para a região do Vale do Tejo e Oeste.

Poli-Nuclearidade na RLVT indica maior desenvolvimento periférico a norte de Lisboa. É um erro desprezar a contribuição económica da periferia metropolitana, centrando a questão no que é melhor para a capital (olhar para o umbigo).

Esquema actual de planeamento para o desenvolvimento de transportes da região de Lisboa e Vale do Tejo. Colocar o NAL em Alcochete coloca esta infraestrutura na periferia desta região (isso é mau).


Boavida,

Com base no programa estratégico desenvolvido pela CCDR-LVT, prevê-se para Alcochete um futuro pólo de valência turística e ambiental, "funcionalmente articulado com o Arco Ribeirinho, assume-se como pólo de valência para apoio ao turismo, recreio e lazer de muito baixa densidade, com uma forte componente ambiental, assim como área de vocação para a instalação de actividades de investigação e desenvolvimento ligadas ao meio estuarino." Ademais, está previsto Alcochete e a zona alvo do estudo do novo aeroporto ser classificada como parte integrante da Rede Ecológica Metropolitana.

Do ponto de vista de sistemas dinâmicos geradores de riqueza e de desenvolvimento territorial, a estratégia seguida para a região é o de colocar o NAL a norte de Lisboa, por ser a que permite maior potencial de aproveitamento de uma estrutura destas. A realidade não se alterou, 5 anos depois, tirando investimentos numa nova plataforma logística em Poceirão, para a indústria que estava previsto já para a zona de Pegões-Marateca no plano do CCDR-LVT em 2002, e a alteração da linha TGV pela Margem Sul de modo a satisfazer o potencial de turismo na Costa Azul.

O que é de opinião pública e linha seguida pelo PSD é que para se desenvolver uma dada região, é necessário colocar lá um aeroporto (sem comentários). A estratégia seguida pelo CCDR é o de colocar um aeroporto em regiões onde ele será melhor aproveitado e não pelos custos que essa medida implica a curto prazo, se favorece a ANA, se beneficia empresas de Low Cost, etc.

As empresas de Low Cost favorecem estruturas aeroportuárias mais baratas. Tal não é possível para um aeroporto internacional, mas sim para um regional, como o de Beja, por exemplo. Mas o que elas querem pode não ser o que a TAP ou outras companhias de bandeira querem. E principalmente, o que o governo pretende para desenvolver a região (e não se a ANA sai ou não beneficiada nesta operação).

Tomar uma decisão destas é política de alto-nível. Coisa que Mendes ou Menezes não se podem dar ao luxo no momento actual.

Abraço.

Ref:

1 comentário:

Anónimo disse...

«Tomar uma decisão destas é política de alto-nível»
Como fez a dupla Cravinho/Guterres em 1999.
Para não terem de aturar os ambientalistas. Foz Coa, lembram-se?
E poderem depois ir gozar calmamente duas espédies de reformas douradas: Londres e ONU.