Luís Leite Pinto fez uma boa análise da situação do NAL e do Aeroporto da Portela, no Expresso deste Sábado. Embora ele tenha uma posição contra a Ota, neste artigo veio pôr a nu a questão da Portela, se se deve ser mantida numa solução de compromisso, ou não. Vamos relembrar os factos. O CDS/PP, BE, CDU e PSD, na altura das últimas eleições para a Câmara de Lisboa, defenderam que a Portela se deve manter. O único partido que esteve contra a manutenção da Portela em Lisboa foi o PS, no governo.
O PSD esteve no governo até 2005 e tinha conhecimento dos múltiplos estudos que concluíam que manter a Portela era uma opção financeiramente inviável, e que operacionalmente não era a melhor solução. Estudos da TAMS, da ADP e da Parsons informaram o executivo governamental desta realidade. Mas o PSD actual resolveu tomar uma atitude que acharam que lhes traria mais votos. A campanha correu mal, dividiu o eleitorado social-democrata, sofreu de intrigas internas, e levou a um 3º lugar.
Parafraseando o autor, "tudo indica não ser justificável uma reanálise da Portela, quer na versão "mais-um", quer na ilusão (como é qualificado pelos ADP) de uma sua ampliação. Todos os consultores que analisaram a questão não têm dúvidas quanto a estas questões e, feitos os estudos necessários, a repetida insistência só poderá resultar de ignorância ou de interesses partidários ou regionais."
Assim, tudo se explica, tudo se torna óbvio, os interesses movidos por querer assegurar a "Portela+1", resumem-se não à procura do bem comum, não ao fazer o que é o mais correcto e que maior benefício traz, um dos primados da política, mas à satisfação dos apoiantes mais próximos de quem luta pelo poder ou uma vontade populista de querer mostrar oposição. Isto têm um nome, e chama-se corrupção ou estupidez. Venha o diabo e escolha.
Marques Mendes e Filipe Menezes ambos se posicionaram contra a Ota, um argumentou com interesses ocultos, outro com problemas de segurança. Recentemente, uma investigação do "Sol" descobriu quem são os proprietários dos terrenos da Ota, e grande parte deles são de empresas de construção civil, concorrendo no mercado privado, mas nenhuma com ligações partidárias ou proprietária de elementos afectos ao PS. Depois há o facto de a empresa Parsons ter assinado o projecto da Ota, assegurando que o NAL na Ota cumpriria as rigorosas exigências de segurança que são exigidas pela ICAO aos aeroportos internacionais.
Mendes "inventou" uma mentira e Menezes "fingiu" ser competente na matéria de segurança aeronáutica para ganhar simpatias e adeptos. Fazem pela vida. Ambos se posicionaram a favor da Portela, ignorando os estudos técnicos que apontam para um caminho que leva ao fecho até 2018. Ambos são políticos pretendentes à liderança do PSD. E infelizmente, é a isto que o PSD está resumido.Sinceramente, não sei se merecem mesmo o meu voto nestas eleições directas. Lá teremos de esperar para depois das eleições legislativas de 2009 para que o partido entre num novo ciclo político.
O PSD esteve no governo até 2005 e tinha conhecimento dos múltiplos estudos que concluíam que manter a Portela era uma opção financeiramente inviável, e que operacionalmente não era a melhor solução. Estudos da TAMS, da ADP e da Parsons informaram o executivo governamental desta realidade. Mas o PSD actual resolveu tomar uma atitude que acharam que lhes traria mais votos. A campanha correu mal, dividiu o eleitorado social-democrata, sofreu de intrigas internas, e levou a um 3º lugar.
Parafraseando o autor, "tudo indica não ser justificável uma reanálise da Portela, quer na versão "mais-um", quer na ilusão (como é qualificado pelos ADP) de uma sua ampliação. Todos os consultores que analisaram a questão não têm dúvidas quanto a estas questões e, feitos os estudos necessários, a repetida insistência só poderá resultar de ignorância ou de interesses partidários ou regionais."
Assim, tudo se explica, tudo se torna óbvio, os interesses movidos por querer assegurar a "Portela+1", resumem-se não à procura do bem comum, não ao fazer o que é o mais correcto e que maior benefício traz, um dos primados da política, mas à satisfação dos apoiantes mais próximos de quem luta pelo poder ou uma vontade populista de querer mostrar oposição. Isto têm um nome, e chama-se corrupção ou estupidez. Venha o diabo e escolha.
Marques Mendes e Filipe Menezes ambos se posicionaram contra a Ota, um argumentou com interesses ocultos, outro com problemas de segurança. Recentemente, uma investigação do "Sol" descobriu quem são os proprietários dos terrenos da Ota, e grande parte deles são de empresas de construção civil, concorrendo no mercado privado, mas nenhuma com ligações partidárias ou proprietária de elementos afectos ao PS. Depois há o facto de a empresa Parsons ter assinado o projecto da Ota, assegurando que o NAL na Ota cumpriria as rigorosas exigências de segurança que são exigidas pela ICAO aos aeroportos internacionais.
Mendes "inventou" uma mentira e Menezes "fingiu" ser competente na matéria de segurança aeronáutica para ganhar simpatias e adeptos. Fazem pela vida. Ambos se posicionaram a favor da Portela, ignorando os estudos técnicos que apontam para um caminho que leva ao fecho até 2018. Ambos são políticos pretendentes à liderança do PSD. E infelizmente, é a isto que o PSD está resumido.Sinceramente, não sei se merecem mesmo o meu voto nestas eleições directas. Lá teremos de esperar para depois das eleições legislativas de 2009 para que o partido entre num novo ciclo político.
2 comentários:
Bom Dia, caro DC,
Deixo-te aqui nesta caixa a opinião de Alexandra Noronha, no Jornal de Negócios de 7 de Setembro:
"Aeroporto em Alcochete aumenta receita do Estado na privatização da ANA
A opção por Alcochete enquanto localização do novo aeroporto de Lisboa valoriza a ANA - Aeroportos de Portugal num cenário de privatização e o consequente encaixe financeiro do Estado com a operação.
--------------------------------------------------------------------------------
Alexandra Noronha
anoronha@mediafin.pt
A opção por Alcochete enquanto localização do novo aeroporto de Lisboa valoriza a ANA - Aeroportos de Portugal num cenário de privatização e o consequente encaixe financeiro do Estado com a operação.
Neste contexto, se o Executivo de José Sócrates tiver como critério prioritário a receita, o campo de tiro de Alcochete ganha vantagem em relação à Ota, admitiram ao Jornal de Negócios diversas fontes ligadas ao processo.
Esta possibilidade é sustentada pelo facto da privatização da ANA e do investimento no futuro aeroporto estarem ligados entre si. Dado que a ANA vai ter que investir na construção da futura infra-estrutura uma percentagem fixa, a verba que o Estado irá arrecadar em resultado da privatização dependerá dos custos associados ao novo aeroporto."
Em relação ás opiniões do MM e LFM, concordo contigo.
Abraço
Boavida Pires
Alcochete é um WildCard que (re)apareceu.
Uma vantagem da Ota é a melhor acessibilidade. Uma vantagem de Alcochete é o menor custo. Uma desvantagem da Ota é o maior tempo de construção. Uma desvantagem de Alcochete são os maiores impactes ambientais. Há vários factores além destes que referi.
Basta variar os pesos na matriz para se escolher ou Ota ou Alcochete. Estrategicamente, o PROT-AML contempla o NAL na margem norte.
Enviar um comentário