O social-democrata Nuno Morais Sarmento criticou a forma como o PSD deixou arrastar o polémico assunto da substituição do Provedor da Justiça e criticou, em declarações à Rádio Renascença, a proposta do CDS-PP de transferir para o presidente da AR, Jaime Gama, a resolução do caso.
Em declarações no programa "Falar Claro" da Renascença, o presidente do Conselho de Jurisdição Nacional social-democrata admitiu que "o PSD não devia ter-se deixado neste jogo durante sete meses". "Foram sete meses que passaram", frisou. “O PSD indicava nomes e o PS nunca disse que não", rematou.
Nuno Morais Sarmento garantiu ainda que "se estivesse no lugar de quem, no PSD, teve este processo na mão, não teria chegado tão longe, teria tratado mais cedo”. “Desde logo pela dignidade que o cargo envolve e pelo destruir de valor da instituição neste processo", acrescentou.
"O que incomoda aqui não é tanto o PS ou o PSD, nem a pessoa A ou B. É que o país assiste, mais uma vez, à destruição da instituição (...) O que nós estamos a fazer é destruir a instituição, estamos a desvalorizar o Provedor de Justiça neste processo", concluiu.
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Nuno Morais Sarmento alertou ainda para a possibilidade de bloqueio do sistema de nomeações no quadro parlamentar se o PS pretender resolver a questão da sucessão de Nascimento Rodrigues sem o PSD.
"Iniciar aqui um percurso desse tipo significa bloquear o sistema porque temos 30, 40 ou 50 cargos de eleição em instituições que são fundamentais para a democracia, portanto se o PS entra numa deriva por aí depois vai resolver os outros 30 com os outros partidos?", questionou. "Não seria bom para o sistema deixar o PSD de fora".
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