2007-05-24

Contra a corrente

Moita Flores contesta posição do PSD

Francisco Moita Flores, presidente da câmara de Santarém (PSD), criticou o comportamento do seu partido e de todos aqueles que contestam agora a Ota depois de a terem defendido no passado.

E, por isso, dirigiu "uma palavra de saudação especial a todos os eleitos do PSD", ouvindo aplausos de todos os presentes.

"Escandalizo-me com a incoerência de certas posições" até porque "a política no nosso país deve ser moralizada", afirmou, por seu turno, Tomás Oliveira Dias, porta-voz do movimento.

Moita Flores criticou quem baseia as suas críticas em relatórios "de pretensos técnicos, putativamente limpos do ponto de vista ideológico", por oposição "ao senso comum labrego e rasteiro dos políticos".

"Não há técnicos descomprometidos. Todos os técnicos são pagos e há sempre alguém que paga aos técnicos", afirmou o autarca de Santarém.

"Apesar de algum folclore de muito mau gosto representado por alguns protagonistas políticos, tenho a certeza que a decisão estudada e ponderada pelo governo Durão Barroso e agora aprovada pelo engenheiro José Sócrates é a melhor para o país", disse ainda Moita Flores.

"Nós andamos aqui a brincar um pouco com aquilo que são os interesses nacionais", sustentou João Oliveira Martins, ex-ministro de Cavaco Silva, que também participou no Governo.

in Público

Quanto ao que o Ministro Mário Lino disse sobre a margem sul, esteve bastante mal e as suas declarações são indesculpáveis. Referir-se, lato sensu, à margem sul como um "deserto", é um insulto para as pessoas que fazem a sua vida lá. Se é um "deserto" é devido à política regional de desenvolvimento da margem sul que a têm encarado mais como um dormitório do que uma zona de criação de riqueza para o País, sendo a AutoEuropa a excepção que confirma a regra.

Já agora, sabiam que levou 8 anos a colocar uma tabuleta na A2 para indicar aos motoristas que transportavam material, a saída para esta fábrica? Numa mega-empresa que aplica uma política de produção de just-in-time, isto acarreta prejuízos na sua laboração. Vá lá que, com as novas obras de ampliação da A2, lá se lembraram de colocar a tabuleta. Makes me wonder...

Contudo, não vou julgar um político pelo que diz mas pelo que faz, e a sua acção de não protelar o desenvolvimento aeroportuário na região de Lisboa é positiva. O resto é um aftermath na tentativa de capitalizar o partido do insultuoso desaire socialista que dali saiu.

Pelo andar da carruagem, ainda vamos ter cidadãos a Norte de Lisboa que normalmente votam no PSD, a mudar o seu sentido de voto e a "confirmar" este governo do PS por mais um mandato, só porque não querem que com uma mudança de governo, o aeroporto da Ota seja cancelado. Vamos acabar por ter então as populações da margem norte contra as da margem sul, numa guerra de interesses alimentada pelos partidos da oposição.

Numa altura destas - eleições para a CML - se o PSD perder num cenário já de si fracturado por tantas candidaturas independentes, os dados estarão lançados para uma mudança na liderança do partido. Seria vantajoso para o PSD entrar mais numa de "sem comentários", delimitando a sua política alternativa, do que tentar capitalizar na verborreia deste governo. É que para isso já basta o PCP. Espero que esteja enganado. Makes me wonder...



3 comentários:

Anónimo disse...

Seu maluco!Grande post,pá,fiquei com água no bico. ei-de voltar mais vezes.

Um abraço

E disse...

Anda por aqui alguém de Almada, e não são poucas vezes...hmmm...deve ser da música...

Anónimo disse...

A isto é que chamo um aeroporto como deve ser. Tratamento VIP!!! Poe os olhos nisto ò LINO, seu bêbado!