2007-07-31

This is Goodbye

Moby - Porcelain

Boas Férias!

Desafio Literário

Respondendo ao desafio literário de Nuno Mendes, indico os 7 livros que me servem de referência e que me marcaram:



Ethics for the new Millenium (Dalai Lama)















Long Walk to Freedom (Nelson Mandela)















The End of History and the Last Man (Francis Fukuyama)















Diplomacy (Henry Kissinger)
















On War (Carl von Clausewitz)
















The Code Book (Simon Singh)
















Contact (Carl Sagan)













Boas férias e boas leituras!

2007-07-23

Bali

E os problemas de Alcochete começam a surgir...

O Sol noticia que a mudança do C.T.Alcochete vai custar pelo menos 160 milhões de €. Sem falar das obras necessárias a instalar a infra-estrutura de suporte ao campo de tiro, se deslocalizado para outras paragens. Já o tinha alertado num post anterior, e à chamada de atenção de que quando se entram em análises custo-benefício, esta não pode ser facciosa mas global, não descurando todos os aspectos envolvidos. O SOL têm teimado em tratar a questão da Ota como uma questão "pessoal", sem fazer jornalismo de referência.

É notória a falta de rigor na reportagem. Afirmam que o CTA vai ter que acabar por ser desactivado porque iria ficar sobre o circuito de espera das aeronaves que se fizessem ao novo aeroporto. Quer dizer, o circuito existente ("holding approach" que serve a área de controlo terminal de Lisboa) já não serve só porque se desloca o aeroporto 40 km mais a Norte. E vão fazer o "novo circuito" logo em cima do C.T.Alcochete, condicionando a sua operação (esqueceram-se em abordar a questão da operação da Base Aérea do Montijo).

Em vez de se retractarem e reconhecerem o erro, o "Sol" continua a fazer propaganda anti-Ota. Acaso será dizer, haverá algum interesse por parte dos Editores deste jornal em que o novo aeroporto seja em outro lugar?

Julgamentos na praça pública

"Não julgueis para não serdes julgados, pois, conforme o juízo com que julgardes, assim sereis julgados; e, com a medida com que medirdes, assim sereis medidos."

Mateus, 7, 1-2

2007-07-22

Estamos falados

Luís Cirilo é um "homem" de Luís Filipe Menezes. Fez um artigo em defesa deste, e a criticar Paula Teixeira da Cruz. Esta foi a minha resposta:

Acho muito bem que quem tenha a dizer alguma coisa que o diga publicamente. Alías, foi graças a isso que pude constatar que Luís Filipe Menezes não serve para o PSD, nem para governar o país. Portanto, estou consigo Luís Cirilo, deve haver sempre o livre direito à crítica, à guerrilha interna, etc, para os militantes e portugueses descobrirem o carácter e sofisma dos indivíduos em questão.

Os "devaneios patéticos" que Paula Teixeira da Cruz se refere são os "devaneios" de Helena Lopes da Costa apoiar um candidato contra o partido - apoiou o Carmona Rodrigues. Além disso, não longe vai o tempo em que Helena Lopes da Costa apoiou um outro candidato contra o partido - apoiou o Isaltino Morais.

De maneira nenhuma exercerei uma militância patética e estúpida ao ponto de apoiar um candidato contra o meu partido. Se é a esse ponto que Helena Lopes da Costa chegou e que pretende representar o PSD em Lisboa, estamos mais que falados.

2007-07-21

Problemas no PSD?

Contratem os A-TEAM que eles resolvem.

Do Bloguitica

...Quanto aos partidos.
4. Não acredito, por regra, na autoregulação. Tenho dificuldade, por isso, em acreditar que a regeneração do sistema partidário parta dos próprios partidos políticos. Não há, porém, outra alternativa. Será no sistema partidário que terão de ser encontradas soluções regenerativas. O fracasso, pura e simplesmente, não é uma opção. [Neste caso, temos todos de agradecer a Carmona Rodrigues o "favor" que fez ao partido. Deu para abrir os olhos, pelo menos. Da tempestade segue-se a bonança. Já dentro de momentos.]
5. Ironicamente, ou talvez não, a História demonstra-nos que, por vezes, são os actores menos prováveis quem desencadeia a mudança, embora nem sempre o resultado final seja aquele que desejavam. Dito de outra maneira, acredito que a regeneração do sistema partidário, a acontecer, será obra de alguém que associamos ao perfil de político profissional e de personagem do aparelho partidário. Só alguém da tribo é que conseguirá arrastar consigo os restantes elementos. Não será fácil, nem será nos próximos tempos. Ainda estamos muito longe de bater no fundo. [Rui Rio é para mim uma das melhores apostas que se pode fazer a médio prazo para conduzir o PSD até porto seguro. Marques Mendes e a sua Direcção provaram que não conseguiram ter mão no partido.]...

CML recebe 14 viaturas amigas do ambiente

"A frota da Câmara Municipal de Lisboa dispõe, a partir de hoje, 17 de Julho, de mais 14 viaturas pesadas, movidas a gás natural, para transporte de resíduos sólidos urbanos. A entrega foi feita pela Valorsul à presidente da Comissão Administrativa, Marina Ferreira.

A iniciativa insere-se na estratégia partilhada entre a Valorsul (Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos da Área Metropolitana de Lisboa SA) e os municípios de Lisboa, Amadora, Loures e Vila Franca de Xira, que visa a melhoria dos serviços relacionados com a recolha dos resíduos e a promoção de um melhor desempenho ambiental das instituições.

O concurso público promovido pela Valorsul contemplou a oferta de 31 viaturas às quatro autarquias, no valor total de 4.833.622 euros (sem IVA), usufruindo o Município de Lisboa de cerca de metade desse investimento.

Das 14 viaturas agora recebidas, 13 são de remoção, com 16 m³ de capacidade, e uma destina-se à lavagem de contentores, sendo que todas vão possibilitar o abate de igual número de viaturas da autarquia com matrículas de 1978 a 1983.

O protocolo de constituição do usufruto das viaturas pesadas foi assinado no dia 17, nos Paços do Concelho, pelos administradores da Valorsul, Luís Alves e Fernando Ribeiro Rosa, e pela presidente da Comissão Administrativa da CML, Marina Ferreira.

Na ocasião, Marina Ferreira explicou a escolha do “período pós-eleitoral” que se vive na autarquia para a realização deste acto "extremamente importante para a cidade".

“Apesar de reconhecer que a cidade continua muito carenciada de higiene e limpeza, achei que fazia sentido, nesta fase de transição do executivo, mostrar o que se tem vindo a fazer na recolha e tratamento dos milhares de toneladas de lixo que se produzem em Lisboa”, disse, sublinhando que "a Higiene Urbana é uma das áreas mais importantes da CML”.

Marina Ferrreira terminou a sua intervenção com um apelo aos lisboetas: “Todos sabemos que a melhor maneira de manter a cidade limpa é não fazer lixo e, portanto, quero deixar uma mensagem, não política mas de cidadania, a todos os cidadãos para que se juntem ao esforço da CML e da Valorsul para manter Lisboa limpa”.

O administrador da Valorsul, Luís Alves, destacou os benefícios ambientais resultantes do uso deste tipo de viaturas e informou que, muito em breve, entrará em funcionamento o posto de abastecimento de gás natural em construção junto à sede da Valorsul, em São João da Talha.


Reciclagem continua a crescer em Lisboa

A recolha selectiva de materiais dos resíduos sólidos urbanos em Lisboa continua a evoluir muito favoravelmente; Relativamente a 2006, o papel/cartão está a crescer 9,5 %, o vidro 9,0 %, as embalagens 20,5 % e os resíduos orgânicos 10,2%.

Por outro lado, actualmente Lisboa recicla 17 % dos resíduos removidos pelos serviços municipais, quando no ano passado, por esta altura, reciclava cerca de 15 %, o que comprova o esforço contínuo e seguro do Município na reciclagem dos resíduos produzidos na sua área e que se tem traduzido numa redução dos encargos com o tratamento e destino final dos resíduos, mercê das receitas com origem na venda dos reciclados."

2007-07-14

What I Have Done


Linkin Park - Minutes to Midnight - What I Have Done

2007-07-13

Faça o teste político moral!

Decida se a Social Democracia lhe diz alguma coisa. Faça o teste aqui. Se não fôr, o melhor é procurar outras paragens. O meu deu-me isto:

Your scored -3.5 on the Moral Order axis and 2.5 on the Moral Rules axis.

Matches

The following items best match your score:

1. System: Socialism
2. Variation: Moderate Socialism
3. Ideologies: Social Democratism
4. US Parties: No match.
5. Presidents: Jimmy Carter (88.73%)
6. 2004 Election Candidates: Ralph Nader (87.12%), John Kerry (79.99%), George W. Bush (49.90%)


Social Democratism is a moderate form of Socialism.

The Social Democratic current came into being by a break within the Socialist movement in the early 20th century. One reformist group of Socialists rejected the idea of a Socialist revolution, and instead tried to achieve the Socialist ideals through Democratic means.

Social Democrats are in favor of a highly regulated Capitalist market economy, but with a strong and large government [Moderate Interdependence].

Social Democracy is often considered the most commonly embraced political ideology in the world.

2007-07-10

Rescaldo do debate

António Costa, Analítico, demasiado confiante para o meu gosto. Foi dos candidatos menos emotivo e expressivo e que recorreu a palavreado mais técnico. Se ganhar a câmara, pode vir a desempenhar um papel de gestão suficiente para a pôr na ordem. Mas não me parece que tenha grandes capacidades de liderança. Tenta ter a razão do seu lado, mas as suas decisões tendem a ser lentas, não querendo correr o risco de errar.

Carmona Rodrigues,
Afável, mostrou dominar bem a máquina local. Têm um perfil que se coaduna com António Costa, acompanhando o seu ritmo. Não há dúvidas que vai acabar por ser eleito. Se não fôr arquivado o caso Bragaparques pode-lhe vir a trazer dissabores. O facto de atrair metade do eleitorado social-democrata prova que a vida política não se resume só aos partidos.

Fernando Negrão,
Expressivo, nervoso e algo perturbado. Só lhe reconheço mérito por se ter voluntariado pelo partido. Preferia que tivesse mantido o mandato de vereador em Setúbal, a terra dele. O discurso de manter a Portela, dele e dos restantes, desagradou-me. É dos candidatos capaz de cometer mais erros, mas decide rapidamente. Conta com o apoio da Assembleia Municipal de Lisboa.

Ruben de Carvalho,
Pragmático, peca no aspecto de não ser capaz de trazer nada de novo para a autarquia. Bastante directo e obstinado, pode vir a ser um vereador com pelouro ligado às infra-estruturas e de apoio à Capital. Isto se quem ganhar estiver disposto a correr o risco de atribuir pelouros à CDU.

Helena Roseta, mais Pragmática que Expressiva, deu uns ares da sua graça mas não sei que mais-valia poderá trazer à Câmara. Só se fôr pela capacidade/necessidade de criar consensos. Pelas sondagens, está em 4º lugar, o que lhe confere 2 a 3 lugares de vereação. Será, no mínimo, interessante ver quais as diferenças políticas entre o seu amigo António Costa.

2007-07-09

Política Torpe

Acho de mau gosto e revelador de alguma insensatez afirmar que haja interesses escondidos na Portela em Lisboa por parte de Manuel Salvado, sócio da firma RISCO, quando a base de sustentação para essa denúncia consiste numa outra denúncia, vinda de um idiota que perdeu as eleições autárquicas em Lisboa pelo PS.

Para mim é uma jogada que começa a ser habitual no PSD e que consiste em pôr em cima da mesa os interesses que os adversários têm. É uma conversa interesseira e não compatível com uma candidatura que se devia pautar por uma conduta irrepreensível. É que esta manobra acaba-se por virar contra os seus autores, antes ou mesmo após as eleições. Ainda para mais quando não se arranjam provas fidedignas. Fernando Negrão pode estar descansado que não vai ficar com o pelouro do urbanismo. É a isto que está reduzida a luta política?

PIQUE

Sê quem tu quiseres,
Têns o mundo inteiro à tua espera
Deixa o mundo girar para o lado que quer,
Não o podes parar nem tens nada a perder,
Estás de passagem, só de passagem, para outro lugar.

Pólo Norte


PIQUE – Paixão, Inteligência, QUestionamento e Energia - é o que falta ao PSD neste momento para ganhar Lisboa. É um acrónimo muito utilizado no Brasil para exemplificar o estado de alma de uma pessoa. Se está desorientada e cansada, está sem “pique”. Se altamente motivada e com energia, têm “pique”. Ora, isto é coisa que Fernando Negrão não têm por mais gritos e gaffes que dê em comícios e entrevistas, ao contrário de Carmona Rodrigues que se mantém à sua frente mesmo sem contar com o apoio da máquina partidária. Por incrível que pareça, este têm-na. Imagino como seria se Fernando Negrão se candidatasse sem o apoio do PSD… Catastrófico!

Fico surpreendido com a actual performance de Carmona Rodrigues. Será que o voto em Carmona por militantes e simpatizantes do PSD em Lisboa constituirá um autêntico “cartão-vermelho” à decisão de Marques Mendes? Invariavelmente, o PSD de Lisboa sai de rastos depois do próximo fim-de-semana, já que tudo aponta para que o nº de vereadores caia, grosso modo, para metade do nº anterior de eleitos. O que coloca Sérgio Lipari e António Prôa de fora.

Lembro-me que Sérgio Lipari teve uma atitude corajosa nestes dois últimos anos de mandato. Avançou com as salas de injecção assistida, as “salas de chuto”, colocando Lisboa no Séc. XXI em termos de cuidados médicos humanitários. Sempre considerei que virar as costas e seguir a via de criminalização dos toxicodependentes revela o pior que há no ser humano – a falta de compaixão e um desprezo humano por aqueles que pouco mais têm do que a vida de miséria que a droga lhes causa, sem falar da indiferença aos deficientes, idosos abandonados, os sem-abrigo, prostitutas e pedintes.

Maria José Nogueira Pinto e agora Telmo Correia foram e são opositores ideológicos das “salas de chuto”. Como verdadeiros “Torquemada” que são, respondem que a estratégia seguida pelo PSD em Lisboa é errada, mas na prática a repressão e o esquecimento que pretendem vetar os toxicodependentes não resolve o problema da droga, mas agudiza-o, como comprovam os mais recentes relatórios das Nações Unidas sobre os problemas sociais da marginalidade na sociedade.

Contudo, Sérgio foi pragmático q.b. e não olhou a meios para que se vencesse a resistência inicial a esta medida, possibilitando assim um acompanhamento próximo de uma franja marginal da nossa sociedade e aumentando em muito as hipóteses da sua futura reintegração. Isto é que é ser genuinamene social-democrata, marcando a diferença entre ser “politicamente correcto” e fazer o bem como político.

O facto de Lipari não ter sido colocado como cabeça-de-lista em Lisboa, ou Marina Ferreira e mesmo António Prôa, causa-me alguma perplexidade e desapontamento, por estes serem o que estão mais a par do que se passava na Câmara, e só se explica devido a jogos partidários internos que vêm com maus-olhos o seu desempenho anterior e que poderia vir a ser explorada pela oposição como “arma de arremesso”.

Mas na verdade, toda a gente têm “telhados de vidro” e os eleitores lisboetas deparam-se com um “cast” de político-arguidos ou arguidos-autarcas, conforme foram constituídos arguidos relacionado com o desempenho do seu cargo político ou antes de virem a ser autarcas.

Acho mal que um político, qualquer que ele seja e aonde ele esteja, assuma um novo cargo político e não cumpra o seu mandato até ao fim se tinha condições para o fazer. Ainda para mais quando se acumula com o cargo de deputado, já que não concordo com a ideia de haver “turbo-políticos” ou “políticos-para-toda-obra”. Os Lisboetas merecem que os seus eleitos tenham total disponibilidade para resolver o grave problema financeiro que sufoca a sua cidade.

Será que Fernando Negrão (arguido-autarca) ou mesmo Telmo Correia (político-arguido) se chegar a ser eleito, abdicam do lugar no seu grupo parlamentar? Não acredito. Aliás, a mais-valia que Fernando Negrão podia trazer ao PSD era precisamente liderar o grupo parlamentar até findar o trabalho em volta do novo pacote legislativo de combate à corrupção, adiado devido às eleições intercalares em Lisboa.

Ser um político deve ser uma actividade nobre, de compromisso com o serviço público e não o conluir com tácticas espúrias da direcção de um partido. Na verdade, há muita influência, “original” para dizer o mínimo, de Marques Mendes (político-arguido) em Lisboa. A escolha de Carmona Rodrigues (político-arguido) e a aprovação da lista para as anteriores autárquicas foi aprovada por Mendes e pela distrital comandada por António Preto (político-arguido e acusado). E muito fica por dizer em relação a este assunto.

Quem têm definitivamente “pique” é Fernando Seara (não é político-arguido), à frente da C.M.Sintra. Desde que está na sua liderança, Sintra desenvolveu-se e muito. Têm vindo a corrigir os erros crassos, a falta de planeamento e de visão da anterior autarca socialista (política-arguida, acusada e condenada) e o seu séquito cor-de-rosa. Melhores estradas, avanço significativo do Cacém-Polis, inauguração de novos equipamentos culturais como o Museu Ciência Viva, política pró-activa na melhoria do saneamento, abastecimento de água, investimento em energias renováveis no Parque Urbano de S.Marcos, etc. Sintra promete vir a ser um pólo de elevado potencial de desenvolvimento da área metropolitana de Lisboa.

Também, quem têm “pique” é António Capucho (
não é político-arguido, mas pensava que já o era), autarca da C.M.Cascais. Com o afastamento de Judas (político-arguido e acusado) e dos seus “muchachos”, Cascais têm um novo fulgor. Criou-se a Agência ADN Cascais para desenvolver o espírito empresarial entre os jovens cascalenses, avança-se com a extensão do passeio marítimo e arranjo da área litoral votada anteriormente ao abandono, novas áreas verdes e de estacionamento, de lazer e cultura, organização de eventos desportivos internacionais como o ISAF2007 na baía de Cascais, modernização da Marina, renovação urbanística do centro da vila, etc.

“Bons exemplos” não faltam pelo país fora, uma verdadeira mostra da “garra” que os autarcas sociais-democratas têm. Aqui vão os “Top 7” que têm mais PIQUE:

1. Rui Rio, Porto. É político-arguido por ter defendido os interesses da Invicta ao ter metido o Pinto da Costa do FCP e aquela gaja do M.Cultura no lugar deles.
2. Fernando Seara, Sintra. Não é
político-arguido. Que eu saiba.
3. António Capucho, Cascais.
Não é político-arguido. Pelo que sei, ainda.
4. Moita Flores, Santarém. Por desancar a anterior gestão autárquica socialista naquele Concelho. Não é arguido. Por enquanto.
5. Carlos Encarnação, Coimbra. Pela luta contra o projecto governamental de co-incineração em Sousel. Por incrível que pareça, não é arguido.
6. Mata-Cáceres, Portalegre. Por mesmo sendo do interior de Portugal, é o Concelho com a melhor qualidade de vida. Não é arguido. Portalegre fica muito longe de Lisboa.
7. Isabel Damasceno, Leiria. Uma das promotoras do desenvolvimento do Litoral-Oeste. Foi mas já não é arguida. Gosta de futebol e é amiga de Valentim Loureiro, ex-social-democrata e político-arguido em Gondomar que bate aos pontos, em matéria de processos-crimes, Isaltino Morais, também ex-social-democrata e também político-arguido em Oeiras e já acusado.

Vá lá que Portugal não é só Lisboa, senão a política portuguesa era mesmo uma grande chatice.

2007-07-03

Marcar a Alternativa

Parte do eleitorado do PSD têm estado dividido entre Filipe Menezes e Marques Mendes. O que se espera a seguir às eleições autárquicas de Lisboa é o ressurgimento de uma alternativa, encabeçada por gente que está farta da actual situação do PSD. Um rumo político que vai contra a política de ocasião que se têm vivido dentro do partido. É uma opção que se diferencia da incompetência e incoerência que tenho assistido e que me leva a marcar a minha posição. A 3º via. Já era tempo.

2007-07-02

Oportunistas

Lido o semanário do Expresso, constato que a grande polémica da Ota vai perdendo foco. Encomendam-se mais estudos. Agora também já se pensam em soluções Portela + 2. Será Sintra? Montijo? Alverca? Tires? Todos em conjunto? Na Ota não será certamente. Segundo a lógica de oposição do PSD, não pode ser na Ota porque foi uma decisão política do PS. Ao que parece há interesses do PS que são servidos e por acréscimo no PSD não. Afinal de contas, ou comem todos ou há moral.

Mas haverá moral na política? Não, não há. Na política não há moral, apenas interesses, os interesses comuns a um grupo/organização/partido. É este o nível que está reduzida a política portuguesa, movida pela opinião pública, reformas chorudas, cargos executivos em administrações públicas e defesa de interesses pessoais aliados a grandes corporações. A nível pessoal, não gosto do papel redutor que está a ser colocada a política no actual rumo do PSD. Como militante, quero mais e melhor do que a oposição têm sido capaz. Porque quando se contesta uma decisão política, ataca-se a sua lógica, e não quem fica a ganhar com isso. 1º erro.

Passados 8 anos após uma decisão política, estamos numa encruzilhada. Faz-se ou não um novo aeroporto? Sim. Mas aonde? Esta parece ser a grande questão para a oposição! É que agora, com a entrada em cena de tantos autarcas e apoiantes a defender um aeroporto no seu concelho, ainda vamos ter 4 ou 5 aeroportos a servir Lisboa. Fica bem servida, sim senhor! Mas não faz sentido. A sério!


Berlim é um exemplo paradigmático, que vai fechar dois aeroportos na cidade que estavam sob intensa pressão urbanística, com reclamações de associações de moradores devido ao ruído e poluição do ar causada pela sua operação, e acaba por expandir um aeroporto mais afastado para rentabilizar as estruturas aeroportuárias. Foi uma decisão envolta em polémica (1) que levou quase 15 anos a ser tomada, mas os alemães tomaram-na e já avançaram com a sua construção (2).

Mas aqui na Capital, temos que ter vários aeroportos, mesmo que haja estudos que indicam a inviabilidade económica dessa solução. E sob pressão das associações hoteleiras que juram a pés juntas que o Turismo na Capital vai sofrer um tremendo impacto embora os estudos, anteriormente confidenciais e não divulgados à opinião pública, promovidos por estas associações e recentemente publicitados no site da NAER, provam o contrário, já que é possível manter o aumento de fluxos de turistas para a Capital, apostando num serviço de transporte com qualidade. No mínimo, um grande barrete que enfiaram aos portugueses.

Mais tarde, os cidadãos – essa palavra muito conveniente que aparece como por magia na boca de ex-militantes descontentes com o desinteresse dado pelo seu ex-partido na sua pessoa – serão chamados a intervir para sustentar a posição dos políticos. Que paguem a factura no final, já que o financiamento dos aeroportos, como serviço público, se deficitário para o concessionário, é assegurado pelo Estado. Posição essa que é assumida pelos principais políticos que concorrem à capital. Contudo, parecem ser insensíveis ao risco de termos tráfego aéreo a sobrevoar a Capital, com a poluição do ar e sonora que isso acarreta. A nível europeu têm-se colocado cada vez mais restrições devido ao ruído causado pelas aeronaves. No PSD e em outros partidos, defende-se uma política de risco para a saúde pública mas de maior proximidade à capital, só para fazer oposição. 2º erro.


Esta classe política bulldogiana nunca foi boa a tomar decisões, tirando casos raríssimos e que se davam mal com os partidos. Especialmente em dossiers técnicos que nos levam a pesar as vantagens e benefícios. Que se faça outsourcing, pois então. É imperativo para esta classe política pedir mais estudos, se os anteriores não forem do agrado ou então menosprezar tecnicamente uma instituição de engenharia de importância nacional como o LNEC só porque estão em desvantagem, só porque se dão ao luxo de serem políticos. É assim a política em Portugal.

Mas quem paga a factura final? Todos nós. Quem toma a decisão? São os políticos, eleitos para os cargos. Será que a sua eleição conta politicamente para alguma coisa? Se formos irresponsáveis, poderemos dizer que não. Mas eu digo que sim. Arrisco-me a dizer que se o PS ganhar as próximas eleições em 2009, haverá uma legitimação política da decisão da Ota. A Ota foi uma bandeira política do PS. Têm a legitimidade política - e governativa neste momento - para o fazer. Também poderemos considerar o que os outros governos fizeram como alternativa. O anterior governo de Durão Barroso estabeleceu uma directiva política em que se iria acabar com as listas de espera nos hospitais, e até lá não se iria construir mais nenhum aeroporto. Politicamente um bom argumento. Algo demagógico. Contudo, dever-se-ia ter avançado com uma alternativa. Não se fez. 3º erro.

Mas realmente de política não se falou quase nada. Onde deveria estar o debate sobre a política aeroportuária? Na renovação nacional da servidão aeroportuária, na reorganização do controlo de tráfego aéreo a nível europeu – uma questão até agora NUNCA abordada mas que traz impactos na soberania do espaço aéreo nacional – e no avanço para um modelo de concessão e privatização da ANA. Isso é que devia ter marcado a agenda política. Mas o que realmente importou para a nossa classe política era o local do novo aeroporto. Parece-me um bocado mesquinho e redutor de um papel nacional que um partido deve ter. 4º erro.



Um lider e a sua equipa deve “inovar” politicamente e marcar “a alternativa”, não “as inúmeras alternativas”. E quando critico esta direcção, não critico o partido e os seus ideais, mas o seu rumo actual. Critico quando vejo que o seu comportamento acaba por ser mais “faz o que eu digo, não faças o que eu faço”. Com tantas propostas avançadas pela direcção do PSD, antes defendendo Rio Frio, depois Poceirão, a seguir Alcochete e porque não agora Portela + 1, acaba-se por não se defender uma alternativa em concreto. Esta não devia ter entrado no “jogo da localização” mas da política que está acima disso. É verdade que ter o papel de oposição na política não é “gratificante” por não se poder avançar com as suas propostas reformadoras da sociedade. Mas isso não implica que se deva tornar o partido num autêntico camaleão, dizendo “Ota não porque sim”. Assim não porque se peca pela falta de credibilidade ao assumir uma política de ocasião.

Credibilidade essa que é posta em causa quando se sabe no fim de que os principais académicos defensores de uma alternativa à Ota foram usados pela Associação de Desenvolvimento Ferroviário para publicitarem estudos e artigos de opinião contra a Ota numa estratégia de pura decepção para se desviar a atenção da opinião pública do projecto TGV e que vai custar mais do dobro que a solução da Ota. E é assim que os lobbies influenciam um partido através da manipulação da comunicação social . 5º erro.

Tenho a impressão que quando dizem que temos o que merecemos, é totalmente verdade. Temos os políticos, o governo e a oposição que merecemos. Falamos de combate à corrupção mas não nos coibimos de adiar esse projecto global e de extrema importância social, face a eleições em Lisboa. Se é assim quando se começa a falar de política em Portugal, com licença que eu vou ali ver a bola que não tenho pachorra para discursos oportunistas.


1 - Berlin - Branderburg Airport Delayed - uma crónica que lembra a portuguesa.

2- BBI underway - a importância de ser a capital e não uma cidade de província.

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A razão porque Carmona fugiu do Túnel após a inauguração...

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