2007-07-23

E os problemas de Alcochete começam a surgir...

O Sol noticia que a mudança do C.T.Alcochete vai custar pelo menos 160 milhões de €. Sem falar das obras necessárias a instalar a infra-estrutura de suporte ao campo de tiro, se deslocalizado para outras paragens. Já o tinha alertado num post anterior, e à chamada de atenção de que quando se entram em análises custo-benefício, esta não pode ser facciosa mas global, não descurando todos os aspectos envolvidos. O SOL têm teimado em tratar a questão da Ota como uma questão "pessoal", sem fazer jornalismo de referência.

É notória a falta de rigor na reportagem. Afirmam que o CTA vai ter que acabar por ser desactivado porque iria ficar sobre o circuito de espera das aeronaves que se fizessem ao novo aeroporto. Quer dizer, o circuito existente ("holding approach" que serve a área de controlo terminal de Lisboa) já não serve só porque se desloca o aeroporto 40 km mais a Norte. E vão fazer o "novo circuito" logo em cima do C.T.Alcochete, condicionando a sua operação (esqueceram-se em abordar a questão da operação da Base Aérea do Montijo).

Em vez de se retractarem e reconhecerem o erro, o "Sol" continua a fazer propaganda anti-Ota. Acaso será dizer, haverá algum interesse por parte dos Editores deste jornal em que o novo aeroporto seja em outro lugar?

4 comentários:

Anónimo disse...

«o "Sol" continua a fazer propaganda anti-Ota»
Com base nesta info do Sol, o Prof Vital Moreira, no blog Causa Nossa, conclui o contrário.
Que a info se vira precisamente em favor da solução Ota, que vem defendendo.
Razão para lhe ter enviado um pequeno mail:
«Lamento quer a informação sobre os «custos» da transferência do Campo de Tiro de Alcochete no Sol, quer a aceitação dessa informação por parte de um autor de opinião com a responsabilidade do Prof Vital Moreira.
O país tem na região de Santa Margarida um extenso campo militar a cargo do Exército. Se bem que a opinião definitiva deva competir à Força Aérea, afirmo, sob pena de não ter percebido nada da função militar durante 36 anos, que o futuro CT poderá perfeitamente ficar no Campo Militar de Sta Margarida – terrenos do Estado. Ainda que eventualmente alargados.
Com vantagens óbvias para os vários ramos militares, nomeadamente a dos exercícios conjuntos e de fogos reais.
Não esteja o MDN atento ás FA no seu conjunto, e a uma parcimoniosa gestão do OE, natural será que a Força Aérea, dali, da mudança do CTA, queira retirar os máximos dividendos.
Quando queremos, arranjamos justificações para tudo. Acaba de acontecer, com a futura base aérea (civil) de Ponte de Sôr. Por «incompatibilidades» militares, diz-se, em conviver com os meios aéreos de combate a incêndios florestais em Tancos na antiga BA3! Asneira pura e simples.
Manda o PM, ou valem os negócios do MAI?
PS: da hipótese de o futuro CT da Força Aérea ir para Santa Margarida, só faltaria vir o Exército a dizer que não, que não era compatível com o seu uso pelas forças terrestres – falta de espaço/tempo, por ex! Quando queremos…»
José B. Monteiro

E disse...

Não me parece que haja incompatibilidade em desempenhar missões de interesse público em Tancos, sendo uma das suas directivas da U.A.L./Exército apoiar justamente a A.N.P.C.

Este assunto ainda não está encerrado por parte do MDN e MAI, ainda para mais porque o Exército têm interesse em operar este tipo de missões, com os seus pilotos, e com os 10 PUMA da F.A.P. que estão a ser substituídos pelos MERLIN.

Não é um facto consumado a F.A.P. acabar por sair do C.T.Alcochete como relata o "Sol".

Não acredite em tudo o que lê/ouve/consulta nos Jornais/TV/Net.

Boas férias!

Anónimo disse...

Não estou a ver a Força Aérea a fazer treinos conjuntos com o Exército. Ainda confunde os tanques em manobras com alvos a abater e o Exército ainda acaba a praticar anti-aérea com os F16. O CMSM é demasiado pequeno para ter mais um campo de tiro para os aviões.

Anónimo disse...

Como iamos dizendo:
a)Um campo de tiro, particularmente para a Força Aérea, ás portas da grande Lisboa.
Nada de mais indicado. Hoje, como há 50 anos.
b)O CMSM é demasiado pequeno...
para os pequenos contingentes terrestres e meios aéreos nacionais.
c)É tudo tão pequeno em Portugal,
para aquilo que devia ser a nossa grandeza.
Deve ser por isso, que o MAI pretende uma base aérea em Ponte de Sôr, por ex.