2007-10-14

Ensinamentos do Tao

Tal como o Yin e o Yang, a cortesia e a severidade deverão andar par-a-par. Um pode ser doce, o outro amargo. Um pode ser sedutor, o outro guerreiro. Um pode estar defensivo, o outro no ataque. Mas um não pode viver sem o outro.

A guerra não é motivo de regozijo e a vitória não deve ser objecto de ambição. Aqueles que se regozijam com a guerra, perecerão. Aqueles que ambicionam a vitória, encontrarão a desgraça.

A vitória advém do fruto da necessidade, da opção realista, da alternativa que faz a diferença e se mostra de forma superior e confiante.

No momento de fazer a guerra, não devemos atacar quando temos dúvidas.

O fortalecimento da milícia, através da sua formação, tornará o exército pronto para as batalhas que se avizinham.

Para sermos credíveis e reconhecidos como líderes, devemos ser dignos de confiança.

As recompensas são utilizadas para premiar os vitoriosos. Os castigos são usados para corrigir a desordem, impondo o respeito pela autoridade. Mas os dois não são suficientes para alcançar uma vitória.

Os soldados comuns são o necessário apoio para a conquista da vitória, mas quem decide a vitória são os comandantes hábeis na arte da guerra.

Os colaboradores próximos devem estar em harmonia connosco se queremos ser vitoriosos.

Aqueles que arregimentarem maior número de adeptos também serão vitoriosos.

A liderança apoia-se em três desígnios: transmitir confiança, merecer a lealdade e incutir a vontade nos subordinados.

Quem trava sucessivas batalhas com a ânsia de ganhar tudo, só sobreviverá por uma questão de sorte.

Numa batalha, deve-se moldar a forma do movimento, definir a estratégia, e se fôr igual ao oponente redundará num impasse ou num fracasso. É da surpresa causada por um movimento diferente do adversário que se alcança a vitória.

Promover quem não é digno nem capaz leva à descredibilização interna. A hierarquia deve ser ocupada pelos que têm mérito e só assim se consegue assegurar a eficácia das hostes.

Quem é injusto perde a dignidade. Quem perde a dignidade, perde o carisma. Quem perde o carisma, perde a virtude.

Quem perde a humanidade, perde a eficácia. Sem eficácia, deixa de ocupar o centro.

Quem perde a integridade, perde o poder. E sem poder, não vale a pena continuar.

Quem perde a confiança, perde a união. E sem união, o êxito não será possível.

Quem não mostra inteligência, perde a firmeza. E sem firmeza, será rapidamente aniquilado.

Entre o Céu e a Terra, nada é tão nobre como a Humanidade.

Sun Bin