Carlos Carreiras ganhou estas eleições à Distrital do PSD. Era um resultado mais que esperado pela congregação de apoios e de militantes nos últimos tempos.
Helena ganhou em Algés e em grande parte das secções de Sintra. Provavelmente algumas em Lisboa. Fez tudo o que pode. Placards, Cartas, SMS, tudo e mais além do que seria imaginável. Carreiras ganhou na Secção A, Oeiras, Cascais - lógico, porque é o concelho onde é vereador, e mais umas quantas que no total fizeram a diferença.
Para quem desconhece a realidade da Distrital do PSD em Lisboa, têm 10 concelhos, cada um subdividido em várias secções, exceptuando Cascais - salvo erro - que é o único concelho que têm uma secção para todo o município.
Entre estar e comemorar a vitória com Carreiras, preferi ir ao Solplay ver Helena Lopes da Costa - e mais uns quantos notáveis de Oeiras e de Braga - e ouvir o seu discurso. Não por gozo ou por sentir algum prazer nisso. Mas para conhecer melhor a realidade que existe no Distrito de Lisboa.
É caso para me sentir indignado vir a saber que existem centenas de militantes arregimentados por "alguém" na Secção A de Lisboa que votou massivamente em Carreiras, e que neste dia de votação tenha havido segurança e polícias à porta. Preferia um jogo limpo mas isso não existe nas disputas pelo poder dentro do partido. Provavelmente também se pode afirmar o mesmo em outras Secções cujo voto pendeu para Helena. Mas saber que há dezenas de militantes a morar na mesma habitação? Carrinhas alugadas por um "antigo notável" para trazer militantes a votar numa secção?
Acho bastante degradante esse tipo de situações, que provavelmente aconteceram nos dois lados, e que leva à descredibilização de todos os militantes e à instalação de um sentimento generalizado de que "é a vida", "não há nada a fazer, é assim mesmo", " se não fazes o mesmo, arriscas-te". Esse sentimento é um cancro dentro do partido.
Militantes que vivem da política, de um e de outro lado. Secções controladas, em número de votos, pela JSD em Lisboa, que assim têm uma oportunidade para se tornarem "quadros" numa "autarquia" ou "empresa pública". Estes foram os factos relatados e que carecem de confirmação. Se assim fôr, isso justifica os cerca de 900 contratados por avença à CML no tempo de Pedro Santana Lopes, que, tal como Helena Lopes da Costa, teve que dar o braço a torcer. E neste caso, é provável que venha a acontecer o mesmo.
A Distrital de Lisboa, se estes factos forem verídicos, precisa de uma limpeza urgente nos seus ficheiros. Acho que quer um lado quer outro - e deu para conhecer a "máquina" dos dois lados - deram o máximo para ganhar esta distrital. Havia muito em jogo e muita coisa ficou decidida - entenda-se dividida - para os próximos 2 anos.
Uma palavra de apreço pela dureza, sentido de estar e acutilância de Helena Lopes da Costa no momento da derrota. Esteve melhor que Marques Mendes no momento da despedida.
Carlos Carreiras terá muito que fazer. À 3º foi de vez. Agora, ao trabalho.
Helena ganhou em Algés e em grande parte das secções de Sintra. Provavelmente algumas em Lisboa. Fez tudo o que pode. Placards, Cartas, SMS, tudo e mais além do que seria imaginável. Carreiras ganhou na Secção A, Oeiras, Cascais - lógico, porque é o concelho onde é vereador, e mais umas quantas que no total fizeram a diferença.
Para quem desconhece a realidade da Distrital do PSD em Lisboa, têm 10 concelhos, cada um subdividido em várias secções, exceptuando Cascais - salvo erro - que é o único concelho que têm uma secção para todo o município.
Entre estar e comemorar a vitória com Carreiras, preferi ir ao Solplay ver Helena Lopes da Costa - e mais uns quantos notáveis de Oeiras e de Braga - e ouvir o seu discurso. Não por gozo ou por sentir algum prazer nisso. Mas para conhecer melhor a realidade que existe no Distrito de Lisboa.
É caso para me sentir indignado vir a saber que existem centenas de militantes arregimentados por "alguém" na Secção A de Lisboa que votou massivamente em Carreiras, e que neste dia de votação tenha havido segurança e polícias à porta. Preferia um jogo limpo mas isso não existe nas disputas pelo poder dentro do partido. Provavelmente também se pode afirmar o mesmo em outras Secções cujo voto pendeu para Helena. Mas saber que há dezenas de militantes a morar na mesma habitação? Carrinhas alugadas por um "antigo notável" para trazer militantes a votar numa secção?
Acho bastante degradante esse tipo de situações, que provavelmente aconteceram nos dois lados, e que leva à descredibilização de todos os militantes e à instalação de um sentimento generalizado de que "é a vida", "não há nada a fazer, é assim mesmo", " se não fazes o mesmo, arriscas-te". Esse sentimento é um cancro dentro do partido.
Militantes que vivem da política, de um e de outro lado. Secções controladas, em número de votos, pela JSD em Lisboa, que assim têm uma oportunidade para se tornarem "quadros" numa "autarquia" ou "empresa pública". Estes foram os factos relatados e que carecem de confirmação. Se assim fôr, isso justifica os cerca de 900 contratados por avença à CML no tempo de Pedro Santana Lopes, que, tal como Helena Lopes da Costa, teve que dar o braço a torcer. E neste caso, é provável que venha a acontecer o mesmo.
A Distrital de Lisboa, se estes factos forem verídicos, precisa de uma limpeza urgente nos seus ficheiros. Acho que quer um lado quer outro - e deu para conhecer a "máquina" dos dois lados - deram o máximo para ganhar esta distrital. Havia muito em jogo e muita coisa ficou decidida - entenda-se dividida - para os próximos 2 anos.
Uma palavra de apreço pela dureza, sentido de estar e acutilância de Helena Lopes da Costa no momento da derrota. Esteve melhor que Marques Mendes no momento da despedida.
Carlos Carreiras terá muito que fazer. À 3º foi de vez. Agora, ao trabalho.
4 comentários:
Concordo na generalidade com o dito. É uma vergonha !As 'excursões' de táxis pagos com dinheiro desviado das campanhas e da secção; os votos pagos a 25/30 euros; ou a promessa de um tacho no futuro -afinal um analfabeto consegue ganhar 2000 Euros/mês, porque não eu?; ou impedindo a entrada de militantes idenóneos; o testemunho de inscritos que dizem «eu não sou do PSD, nem quero ouvir falar nisso», mas que finalmente dizem « Ah, votar em X, pois o Y já me disse»; dezenas num T2, ou num talho... Vale tudo.
Falei do que conheço e foi já referido ao tempo a quem de direito. A antiga direcção do partido apoiou, espero que esta seja diferente -para bem do PSD, para bem de Portugal. E não exagero.
Espera que esta direcção do partido seja diferente? Anda distraído? Como é que acha que o Menezes ganhou em Gaia ao Mendes por 1800 votos (!!!) contra 300?
Resultados finais (afinal não foi mais de 700 votos, essa foi uma estimativa intermédia quando faltava apurar Algés).
No distrito de Lisboa
Inscritos: 12529
Mesa da Assembleia:
Votantes: 5619
Lista A: 2969
Lista H: 2522
Brancos: 80
Nulos: 48
Venceu Pedro Lynce.
Comissão Política:
Votantes: 5615
Lista A: 2977
Lista H: 2512
Brancos: 86
Nulos: 40
Venceu Carlos Carreiras.
Conselho de Jurisdição:
Votantes: 5617
Lista A: 2954
Lista H: 2538
Brancos: 86
Nulos: 39
Venceu António Rodrigues.
Este artigo do DN resume bem a história toda. Para memória futura.
As pessoas são capazes de tudo na luta pelo poder.
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