Ainda a procissão vai no adro... Ora bem, é importante esclarecer os conceitos de legitimidade democrática, para que se percam as dúvidas, e deixe-se de usar o termo incorrectamente.
"O apoio específico [...] é a aceitação ou aprovação temporária e relativamente efêmera que os indivíduos concedem a um objeto político em conseqüência da satisfação que ele dá a suas demandas específicas. [...] O apoio difuso, ao contrário, é concebido como uma lealdade política mais profunda, mais duradoura e mais generalizada que resulta de uma socialização política precoce. Como tal, é concebido como imune aos induzimentos, recompensas ou avaliações de desempenho de curto prazo” .
Mishler e Rose 1999.
Um político ou cidadão com consciência política mantém-se, em princípio, leal ao partido. Opera na esfera político-partidária a que pertence, com a legitimidade que lhe é conferida pelo sistema, pelo consenso múto e principalmente, pelo apoio difuso que une e forma a consciência ideológica de um partido. Essa legitimidade é a tal legitimidade democrática.
Contudo, poderá ocorrer situações em que isso não aconteça, vulgo porque o apoio popular - subentenda-se militantes locais - a uma determinada opção política - subentenda-se decisão da Comissão Política Nacional - não é maioritário ou digno de força - acrescente-se a nível das secções. Aí, caímos no reino da satisfação, em que o político ou cidadão com consciência política toma a decisão que acha mais apta, responsabilizando-se por tal e assumindo as necessárias consequências.
Contudo, poderá ocorrer situações em que isso não aconteça, vulgo porque o apoio popular - subentenda-se militantes locais - a uma determinada opção política - subentenda-se decisão da Comissão Política Nacional - não é maioritário ou digno de força - acrescente-se a nível das secções. Aí, caímos no reino da satisfação, em que o político ou cidadão com consciência política toma a decisão que acha mais apta, responsabilizando-se por tal e assumindo as necessárias consequências.
É o que penso que se passou em Oeiras, com a revolta interna que todos assistimos, em directo pela televisão, a folhear os jornais, a surfar a Internet e a votar nas urnas.
O resto da lição fica para 5ºfeira.
O resto da lição fica para 5ºfeira.
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