A sustentabilidade está associada à acção que beneficia todas as partes intervenientes, e garante a perpetuação do sistema a longo prazo.
Entenda-se que no desenvolvimento sustentável, aplicado à escala nacional, este "longo prazo" não se limita ao ciclo de vida de uma empresa, ou o mandato de um governo, mas à vivência com qualidade das próximas gerações. Tomar decisões que levassem a uma brusca alteração da cultura e existência de um povo seria uma medida claramente insustentável.
O grande problema na liderança e governo deste país é que a grande parte das decisões tomadas dizem respeito à urgência de repôr a normalidade - ou seja, uma situação em que a qualidade de vida existe, e a sociedade sente-se confortável com o presente - e pouca margem sobra para a tomada de iniciativas que o coloquem no topo dos países com o mais alto índice de Desenvolvimento. Se houver iniciativas importantes, elas terão que partir de outro lado que não o Estado. Dentro e além-fronteiras. Por isso, não acho mesmo nada estranho que o investimento estrangeiro em Portugal esteja a aumentar.
"A central [fotovoltaica de Amareleja] será constituída por 350 mil painéis solares que vão permitir produzir 88 GWh [corrigido porque os jornalistas do Diário Digital não sabem o que é uma unidade de energia :-/] por ano. Esta produção permite evitar a emissão para a atmosfera de 60 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano", no Diário Digital a 30-10-2006.
Falando de outro assunto mais abrangente, Portugal, afinal, não está assim tão mal. Pode é ficar pior. E isto é o que me preocupa mais. E não estou a falar de revoluções, tomadas de poder, estados de sítio, governos corruptos ou eleições antecipadas.
A nível ambiental, temos um dos melhores climas e paisagens da Europa. Para mim, grande parte de Espanha é um deserto. E Portugal começa a ficar um deserto, face às alterações climáticas derivadas do aquecimento global. Não acham estranho que à cerca de dois anos ainda havia desmentidos na comunicação social, e depois dos incêndios, cheias, etc, terem-se misteriosamente dissipado as dúvidas? Quando o povo sofre na pele , é que os políticos mudam as suas prioridades. Há aqui qualquer coisa de irracional, não há?
A comunidade científica ao qual pertenço, algo alheia do poder político, têm manifestado à décadas a sua crescente preocupação. A nível internacional, a melhor iniciativa dos vários países foi o protocolo de Kyoto, não ratificado pelos E.U.A. e a Austrália. Não me seria nada estranho se em 2007 estes países aderissem, depois dos incêndios florestais extremamente violentos e as tempestades que se abateram nestes e em outros países.
Afinal de contas, a capacidade de regeneração e fornecimento de energia neste planeta é limitada. E isso leva a ter em conta a maneira como a sociedade interage com a eco-esfera. Sem ela, a sociedade não poderá sobreviver. Nem os seus líderes.
Entenda-se que no desenvolvimento sustentável, aplicado à escala nacional, este "longo prazo" não se limita ao ciclo de vida de uma empresa, ou o mandato de um governo, mas à vivência com qualidade das próximas gerações. Tomar decisões que levassem a uma brusca alteração da cultura e existência de um povo seria uma medida claramente insustentável.
O grande problema na liderança e governo deste país é que a grande parte das decisões tomadas dizem respeito à urgência de repôr a normalidade - ou seja, uma situação em que a qualidade de vida existe, e a sociedade sente-se confortável com o presente - e pouca margem sobra para a tomada de iniciativas que o coloquem no topo dos países com o mais alto índice de Desenvolvimento. Se houver iniciativas importantes, elas terão que partir de outro lado que não o Estado. Dentro e além-fronteiras. Por isso, não acho mesmo nada estranho que o investimento estrangeiro em Portugal esteja a aumentar.
"A central [fotovoltaica de Amareleja] será constituída por 350 mil painéis solares que vão permitir produzir 88 GWh [corrigido porque os jornalistas do Diário Digital não sabem o que é uma unidade de energia :-/] por ano. Esta produção permite evitar a emissão para a atmosfera de 60 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano", no Diário Digital a 30-10-2006.
Falando de outro assunto mais abrangente, Portugal, afinal, não está assim tão mal. Pode é ficar pior. E isto é o que me preocupa mais. E não estou a falar de revoluções, tomadas de poder, estados de sítio, governos corruptos ou eleições antecipadas.
A nível ambiental, temos um dos melhores climas e paisagens da Europa. Para mim, grande parte de Espanha é um deserto. E Portugal começa a ficar um deserto, face às alterações climáticas derivadas do aquecimento global. Não acham estranho que à cerca de dois anos ainda havia desmentidos na comunicação social, e depois dos incêndios, cheias, etc, terem-se misteriosamente dissipado as dúvidas? Quando o povo sofre na pele , é que os políticos mudam as suas prioridades. Há aqui qualquer coisa de irracional, não há?
A comunidade científica ao qual pertenço, algo alheia do poder político, têm manifestado à décadas a sua crescente preocupação. A nível internacional, a melhor iniciativa dos vários países foi o protocolo de Kyoto, não ratificado pelos E.U.A. e a Austrália. Não me seria nada estranho se em 2007 estes países aderissem, depois dos incêndios florestais extremamente violentos e as tempestades que se abateram nestes e em outros países.
Afinal de contas, a capacidade de regeneração e fornecimento de energia neste planeta é limitada. E isso leva a ter em conta a maneira como a sociedade interage com a eco-esfera. Sem ela, a sociedade não poderá sobreviver. Nem os seus líderes.
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