2007-04-19

Falar de Políticas em Oeiras

Muito pouca gente fala de políticas na blogosfera de Oeiras. Parece que têm medo em mostrar as suas ideias ou projectos para Oeiras. Até pensei em lançar um concurso do tipo: "Se fosse Presidente da Junta de Freguesia/Câmara Municipal de Oeiras, o que é que faria?". Mas estou bastante céptico quanto à futura adesão.

Será que há alguma
inércia em pensar no que se quer para a terra de Oeiras? E quando chegarmos à altura de decidir o que achamos ser o melhor para o Concelho, votando nas eleições autárquicas? Daremos a mão à palmatória e deixamo-nos "enrolar" no programa eleitoral dos políticos, alguns mais comprometidos que outros com os interesses instalados no município?

Penso que o défice de participação política no concelho deve ser um dos menores a nível nacional. A abstenção, por norma, é baixa em relação aos outros concelhos de Portugal. Temos a população mais bem formada de Portugal, rivalizando com a Capital. É certo que há-de chegar o momento em que a máquina eleitoral arranca, mas até lá, por onde andam as ideias, o que pensa a Sociedade Civil em Oeiras, de Oeiras?

A política é uma coisa, os políticos são outra. Falar do que os políticos são ou deixaram de ser pode ser um bom ponto de partida para dar à língua em conversas de café, mas falar de políticas para o concelho de Oeiras é um assunto sério que devia receber mais atenção, especialmente dos participantes da blogosfera ou da própria vereação do PSD na CMO .

4 comentários:

Isabel Magalhães disse...

Olá, DC;

No passado dia 18.04, 'Dia Internacional dos Monumentos e Sítios', aproveitei a oferta cultural da Câmara para a Vila de Oeiras, participei na visita guiada ao centro histórico e assisti à conferência da noite.

O programa oferecido foi excelente, nada em contrário a dizer, mas irei escrever algo sobre o estado - triste - do centro da vila.

Um abraço.
I.

Anónimo disse...

Isso implicaria que existisse um plano e eventuais avaliações dos resultados atingidos (ou não).

É muito mais cómodo, não pensar, e à cautela, não planear (não vá alguém lembrar-se de fazer uma avaliação).

De qualquer forma suponho que temos, enquanto sociedade civil, os políticos que merecemos.

A questão é generalizada em portugal, e emana do próprio
sistema partidário, que não premeia propriamente a qualidade e é fortemente constrangido (se não mesmo dominado) pelo caciquismo.

Fora dos partidos, na sociedade, em geral, demitiu-mo-nos colectivamente da participação na definição das políticas do Concelho.

A blogosfera é apenas um reflexo disso mesmo.

E disse...

Um abraço, Isabel.

P.S.: O próximo meeting fazemos ali num café que eu conheço, em Caxias. Ok?

E disse...

Daniel,

A situação actual não nos impede de fazer umas reuniões para troca de ideias, pois não? O que é salutar, venha de quem vier.

Lembro-me de uma reunião em que o Santana Lopes foi convidado a participar, sobre a CMLisboa. Eu não nutro simpatia por essa personagem, que foi responsável pelo pior período de governação democrática em Portugal. Mas não levo a mal, pelo contrário, que façam este tipo de reuniões, públicas - ou semi-públicas.

As mudanças de fundo começam sempre com a criação de grupos que depois crescem, unidos por um projecto comum. Sem haver esse lugar no espaço-tempo, a oportunidade de haver projectos de liderança alternativos é diminuta. E aí acabamos por ter um modelo de democracia medíocre, onde a participação falha e o caciquismo vence.

O pior que pode acontecer é deixarmos as coisas entregues a uma organização que não apresenta um bom projecto de governação porque não há uma alternativa.

Cumps.