2007-04-25

Mario Lino e Ambientalistas

O almoço de hoje foi solicitado pelas associações ambientalistas, na sequência das novas localizações propostas para a construção do novo aeroporto internacional de Lisboa na margem Sul do Tejo, nomeadamente Faias e Poceirão.

Para Mário Lino, "a localização do aeroporto na margem Sul do Tejo implica construir, de raiz, uma nova centralidade do país numa zona altamente vulnerável do ponto de vista ambiental e da segurança aeronáutica, pelo que é uma solução inviável".

Em declarações no final do almoço, o vice-presidente da Quercus, Francisco Ferreira, afirmou que "Rio Frio é uma opção inviável do ponto de vista do ordenamento do território, da protecção dos passageiros que circulam nas aeronaves e da importância do maior aquífero da Península Ibérica, representando a degradação de uma reserva de água fundamental para a próxima década".

"Reafirmo que a Ota não é uma opção que satisfaça do ponto de vista ambiental. A Ota tem vários problemas ambientais e é necessária uma avaliação, mas a localização do novo aeroporto na margem Sul é inviável", declarou Francisco Ferreira.

"A Ota tem impactos ambientais muito grandes, mas não são tão dramáticos e irreversíveis como a opção pela margem Sul", concluiu o ambientalista.

Joanaz de Melo, do Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (Geota), afirmou que "das opções já estudadas [Ota e Rio Frio], a Ota é a solução menos má."

Eugénio Sequeira, da Liga para a Protecção da Natureza (LPN), apesar de considerar que "qualquer localização a Sul causa danos irreversíveis", sublinhou o facto da localização do aeroporto na Ota "levantar problemas", o que exige um estudo de impacto ambiental "mais pormenorizado" sobre a Ota.

Para o ambientalista, o Sul é "inaceitável", sustentando que "entre o Sul e o Norte, a Ota é a melhor opção".

24.04.2007 - 18h51 Lusa

1 comentário:

Anónimo disse...

Olha que afinal a tal comissão vai em frente. O PS deu um passo atrás e vai reunir para debater a Ota.