2007-01-18

MACE - Meios Aéreos Civis de Emergência

EC-HFD - INEM - Tires

Além dos 2 helis indicados anteriormente do SNBPC e INEM, existem mais 2 indicados aqui, totalizando 4 aeronaves.

O INEM opera 2 aeronaves aeromédicas especiais para esse fim
em Tires e em Matosinhos, da HeliSul, pertencentes à frota espanhola Helisureste que gere mais de 17 helis para todo o serviço de emergência médica no território de Espanha - foi através de uma das suas aeronaves a jacto que se procedeu à evacuação médica de uma jornalista portuguesa do médio-oriente.

No ano de 2006 tiverem mais de 600 ocorrências, uma média de 2 activações de helis por dia, devido ao anterior crescimento da área sobre responsabilidade dos vários CODUs, totalizando perto de 6000 € o custo por cada activação. Não é caro, se compararmos com o preço médio de 9000 € por vôo em 2002 - perguntem lá quem é que os operava...

Os bombeiros, ou melhor, o comando da Protecção Civil porque os GIPS do MAI/GNR também entram na história toda, além dos 2 helis em Loulé e Santa Comba Dão, estes também
da HeliSul, irão receber mais 10 helis, como indicado num post anterior, para combate aos fogos através de um novo contrato com a HeliPortugal. Com a entrada da GNR, também será possível no futuro montar dispositivos aéreos de segurança policial além do combate aos incêndios. A atribuição do comando e controlo destas operações aéreas dará pano para mangas neste verão turbulento que se avizinha...

O INEM não gere estes 2 helis presentemente afectos aos serviços de busca, resgate e salvamento da Protecção Civil. Embora estes estejam equipados com um kit mini-hospital, célula sanitária e portanto aptos ao transporte aéreo de doentes, e com tripulação médica on call, não estão inseridos no dispositivo normal de pronto-socorro do CODU da área respectiva. Talvez por falta de coordenação, ou sem capacidade de operar com tripulação médica em turnos H24 ou mesmo por não estar preparado para o transporte de doentes em estado grave como o era naquele caso.

Desde 1997 que o INEM têm conduzido operações em ambulâncias aéreas, no qual o Hospital São Francisco Xavier foi o percursor. A vontade de criar um dispositivo separado e independente dos Bombeiros criou alguns amargos de boca. Toda a gente gosta de defender a sua "dama" cá em Portugal.

O que se passou em Odemira foi normalíssimo cá dentro em Portugal, segundo o Ministro da Saúde. Por uma questão de procedimentos - a história repete-se como na Nazaré - e falta de equipamento especializado no heli estacionado em Loulé, recorreu-se ao de Tires. O tempo de activação e vôo seriam menores se se tivesse utilizado o heli de Loulé. Foi preterido por razões técnicas - não estava devidamente preparado para o transporte do acidentado grave. E também por não pertencer ao dispositivo controlado pelo INEM.

Esta não foi uma situação única. Já em 2006, a utilização mais eficiente dos meios aéreos teria sido útil para salvar vidas, como está patente no comunicado da ANTEPH.

Acho este tipo de situações incompreensível e só admissível para quem não sabe como um serviço MACE funciona lá fora, onde o tempo de activação é de 5 minutos após a comunicação da ocorrência à central, e o tempo de vôo está tabelado para um máximo de 15 minutos, com tempos de warm-up entre 5 e 10 minutos. Continua...


CS-HFJ - SNBPC - Loulé

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