Os Meios Aéreos Civis de Emergência, conhecidos na gíria internacional por MEDEVAC, têm décadas de actividade e têm sido submetidos a intensa regulação e pressão pública com vista a melhorar os serviços de socorro prestados à população, isto com muito mais intensidade e interesse lá fora do que cá dentro.
A um nível global, há um disseminar de competências por vários tipos de estruturas, consoante estejam mais bem preparados para dar conta da ocorrência. Tal como em Portugal. Mas não tão igual assim em termos de resultados - o caso abordado, a fundação REGA na Suiça, é o paradigma ideal.
Missão
A missão da fundação suiça REGA não é ganhar dinheiro, mas merecer o respeito e a admiração dos cidadãos suiços.
Objectivos
Prestação de serviços aeromédicos pela fundação REGA, associada à Cruz Vermelha Suiça e financiada por dinheiros públicos, com responsabilidade atribuída pelo governo suiço para todo o seu território.
Estratégia
Com um regulamentação aplicada e uma estratégia ligada às questões mais operacionais, só possível com uma gestão mais horizontal e com menos níveis intermédios, a coordenação e a prestação destes serviços têm alcançado resultados satisfatórios, não só por causa da boa governação, mas porque a sociedade civil também é chamada a intervir.
Financiamento
Cerca de 2 milhões de uma população de 7 milhões de suiços financiam esta fundação, associando-se voluntariamente para esse efeito, o que contrasta e bastante com a nossa realidade nacional, em que essa responsabilidade é atribuída ao Estado.
Caracterização da Frota
Os helicópteros MEDEVAC operam com equipas de 4 pessoas - piloto, paramédico, médico e mecânico, são capazes de descolar em 5 minutos para responder a qualquer emergência, 24 horas por dia. Têm 10 bases espalhadas pelo território suiço, com responsabilidade em socorro aeromédico e transferência de doentes entre unidades hospitalares. A fundação REGA também realiza parcerias e contratos com outras companhias aéreas em outras partes do país para prestação complementar de serviços MEDEVAC.
Operam 5 EC145 e 6 A109K2, totalmente operacionais 24 horas por dia. A estes, acrescem-se outros de outras companhias, totalizando 30 com capacidade MEDEVAC. Também têm 3 jactos CL604, utilizados como ambulâncias aéreas em casos de transporte de cidadãos suiços em vôos internacionais.
Caracterização dos Serviços
A rede de serviços aeromédicos está desenhada para que cada helicóptero consiga atingir um cenário de emergência dentro de 15 minutos após ter recebido o alarme, à excepção do Cantão de Valais. A central de operações, responsável por coordenar as operações aéreas de todo o serviço aeromédico do país, está localizada no aeroporto de Zurique. Esta sabe sempre aonde estão os helicópteros de serviço, através de posicionamento GPS activo.
A operação de evacuação acaba sempre por terminar em menos de 1 hora logo após ter sido recebido o alerta, a "hora dourada" considerada crítica para o tratamento de traumas. Na Suiça, todas as cidades têm um centro principal de trauma, equipados com pessoal e equipamentos para prestar os serviços médicos críticos.
Os meios aéreos são activados através do serviço de emergência médica suíça, contactáveis pelo "1414". Colocam o heli em fase de "warm-up", e a ordem para prosseguir vêm mais tarde pelos serviços centrais em Zurique. Ou seja, há uma cooperação entre os serviços distritais e posterior confirmação pelos serviços centrais.
Organização
A maior parte dos pilotos têm experiência militar e continuam a prestar serviço às forças armadas, 5 semanas em cada ano, para manterem a operacionalidade e eficácia. Todos são treinados extensivamente, 600 horas por ano, de modo a aumentar a segurança das operações MEDEVAC e evitar acidentes aéreos. Dentro da instituição existe uma atitude aberta e organizada para resolver o problema e não para punir o indivíduo.
Resultados
Em 2005 voaram cerca de 9000 missões com sucesso, numa média variável de 2 a 3 missões por dia em cada base.
Em Portugal...
O governo acha que os procedimentos dos serviços de emergência médica são correctos quando há tempos de duração que excedem as 4 horas.
A sociedade quer mais meios aéreos sem se preocupar em saber como eles vão ser financiados e se há centros de trauma para tal.
Os médicos estão contra a introdução de mecanismos de controle para aferir quem está de facto ao serviço.
Os enfermeiros acreditam que podem desempenhar o trabalho efectuado pelos bombeiros no socorro a toda a população.
Os bombeiros querem meios mas depois falham na coordenação dos meios aéreos e sua integração com restantes agentes da protecção civil.
Toda a gente culpa toda a gente e não se resolve o problema da Emergência Médica em Portugal.
A um nível global, há um disseminar de competências por vários tipos de estruturas, consoante estejam mais bem preparados para dar conta da ocorrência. Tal como em Portugal. Mas não tão igual assim em termos de resultados - o caso abordado, a fundação REGA na Suiça, é o paradigma ideal.
Missão
A missão da fundação suiça REGA não é ganhar dinheiro, mas merecer o respeito e a admiração dos cidadãos suiços.
Objectivos
Prestação de serviços aeromédicos pela fundação REGA, associada à Cruz Vermelha Suiça e financiada por dinheiros públicos, com responsabilidade atribuída pelo governo suiço para todo o seu território.
Estratégia
Com um regulamentação aplicada e uma estratégia ligada às questões mais operacionais, só possível com uma gestão mais horizontal e com menos níveis intermédios, a coordenação e a prestação destes serviços têm alcançado resultados satisfatórios, não só por causa da boa governação, mas porque a sociedade civil também é chamada a intervir.
Financiamento
Cerca de 2 milhões de uma população de 7 milhões de suiços financiam esta fundação, associando-se voluntariamente para esse efeito, o que contrasta e bastante com a nossa realidade nacional, em que essa responsabilidade é atribuída ao Estado.
Caracterização da Frota
Os helicópteros MEDEVAC operam com equipas de 4 pessoas - piloto, paramédico, médico e mecânico, são capazes de descolar em 5 minutos para responder a qualquer emergência, 24 horas por dia. Têm 10 bases espalhadas pelo território suiço, com responsabilidade em socorro aeromédico e transferência de doentes entre unidades hospitalares. A fundação REGA também realiza parcerias e contratos com outras companhias aéreas em outras partes do país para prestação complementar de serviços MEDEVAC.
Operam 5 EC145 e 6 A109K2, totalmente operacionais 24 horas por dia. A estes, acrescem-se outros de outras companhias, totalizando 30 com capacidade MEDEVAC. Também têm 3 jactos CL604, utilizados como ambulâncias aéreas em casos de transporte de cidadãos suiços em vôos internacionais.
Eurocopter 145
EC-145
EC-145 em operação nocturna
Equipamento Médico no EC-145
Agusta 109
A109K2
A109K2 preparado para operações a alta altitude
Equipamento Médico no A109K2
Challenger CL-604
CL-604
Chegada de mais um vôo internacional
Cabine Interior do CL-604
EC-145
EC-145 em operação nocturna
Equipamento Médico no EC-145
Agusta 109
A109K2
A109K2 preparado para operações a alta altitude
Equipamento Médico no A109K2
Challenger CL-604
CL-604
Chegada de mais um vôo internacional
Cabine Interior do CL-604
Caracterização dos Serviços
A rede de serviços aeromédicos está desenhada para que cada helicóptero consiga atingir um cenário de emergência dentro de 15 minutos após ter recebido o alarme, à excepção do Cantão de Valais. A central de operações, responsável por coordenar as operações aéreas de todo o serviço aeromédico do país, está localizada no aeroporto de Zurique. Esta sabe sempre aonde estão os helicópteros de serviço, através de posicionamento GPS activo.
A operação de evacuação acaba sempre por terminar em menos de 1 hora logo após ter sido recebido o alerta, a "hora dourada" considerada crítica para o tratamento de traumas. Na Suiça, todas as cidades têm um centro principal de trauma, equipados com pessoal e equipamentos para prestar os serviços médicos críticos.
Os meios aéreos são activados através do serviço de emergência médica suíça, contactáveis pelo "1414". Colocam o heli em fase de "warm-up", e a ordem para prosseguir vêm mais tarde pelos serviços centrais em Zurique. Ou seja, há uma cooperação entre os serviços distritais e posterior confirmação pelos serviços centrais.
Organização
A maior parte dos pilotos têm experiência militar e continuam a prestar serviço às forças armadas, 5 semanas em cada ano, para manterem a operacionalidade e eficácia. Todos são treinados extensivamente, 600 horas por ano, de modo a aumentar a segurança das operações MEDEVAC e evitar acidentes aéreos. Dentro da instituição existe uma atitude aberta e organizada para resolver o problema e não para punir o indivíduo.
Resultados
Em 2005 voaram cerca de 9000 missões com sucesso, numa média variável de 2 a 3 missões por dia em cada base.
Em Portugal...
O governo acha que os procedimentos dos serviços de emergência médica são correctos quando há tempos de duração que excedem as 4 horas.
A sociedade quer mais meios aéreos sem se preocupar em saber como eles vão ser financiados e se há centros de trauma para tal.
Os médicos estão contra a introdução de mecanismos de controle para aferir quem está de facto ao serviço.
Os enfermeiros acreditam que podem desempenhar o trabalho efectuado pelos bombeiros no socorro a toda a população.
Os bombeiros querem meios mas depois falham na coordenação dos meios aéreos e sua integração com restantes agentes da protecção civil.
Toda a gente culpa toda a gente e não se resolve o problema da Emergência Médica em Portugal.
2 comentários:
Excelente post.
Merece ser publicado num jornal de grande tiragem!
[] S-D.
Já o é. A Internet.
Beijinhos,
DC
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